Austrália
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 22.6 | mil. |
Visitantes por ano | 5.9 | mil. |
Energia renovável | 5.20 | % |
Como vai a vida?
A Austrália tem um ótimo desempenho em muitas medidas de bem estar, comprovado pelo fato de estar classificada entre os principais países em muitos tópicos do Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar a felicidade, é um meio importante de se obter padrões superiores de vida. Na Austrália, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 31.197 por ano, mais do que a média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Mas há uma diferença considerável entre os mais ricos e os mais pobres – os 20% mais favorecidos da população ganham quase seis vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, mais que 72% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos na Austrália têm emprego remunerado, acima da média de empregos da OCDE de 65%. Aproximadamente 78% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 67% das mulheres. Na Austrália, as pessoas trabalham 1.728 horas por ano, menos do que a maioria das pessoas na OCDE que trabalham 1.765 horas. Outra medida principal, todavia, é quantas pessoas trabalham horas extras. Cerca de 14% dos empregados trabalham horas extras, muito acima da média da OCDE, de 9%, sendo que 21% dos homens trabalham horas extras, comparado a somente 6% das mulheres.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. Na Austrália, 74% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos obtiveram o equivalente a um diploma de ensino médio, próximo à média da OCDE, de 75%. Isso se aplica mais aos homens do que às mulheres, pois 76% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 73% das mulheres. Esta diferença é superior à média da OCDE e sugere que a participação das mulheres no ensino superior poderia ser fortalecida. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 514 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é superior à média da OCDE, de 497. Em média, na Austrália, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 8 pontos, um pouco abaixo da diferença média da OCDE, de 10 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, na Austrália, é de quase 82 anos, dois anos a mais do que a média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 84 anos, comparada a 80 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 13,1 microgramas por metro cúbico, consideravelmente inferior à média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. A Austrália também tem um bom desempenho em termos de qualidade da água, pois 93% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, acima da média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário e altos níveis de participação cívica na Austrália, onde 93% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 93% durante as últimas eleições; este é a taxa mais alta da OCDE onde a média é de 72%. Há pouca diferença nos níveis eleitorais em toda a sociedade; a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população está estimada em 94% e para os 20% menos favorecidos está estimada em 92%, uma diferença muito menor do que a diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais, o que sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas da Austrália.
De maneira geral, os australianos estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 83% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
Austrália em detalhes
Moradia - Austrália mais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias australianas gastam em média 20% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem,um pouco abaixo da média da OCDE de 21%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar os níveis de satisfação com as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas, tais como banheiros internos. Na Austrália, 90% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia,maior que a média da OCDE de 87%.
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Indicadores
Renda - Austrália mais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. Na Austrália, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 31.197,00 por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. Na Austrália, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é estimada em US$ 38.482,00, menor que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Apesar do crescimento geral dos padrões de vida dos países da OCDE ao longo dos últimos quinze anos, nem todas as pessoas se beneficiaram nesse sentido. Na Austrália, a média da renda líquida ajustada disponível dos 20% da população de classe alta é estimada em US$ 63.087,00 por ano, enquanto os 20% da população de classe baixa vivem com uma estimativa de US$ 11.150,00 por ano.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Empregos - Austrália mais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Na Austrália, perto de 72% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é superior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; na Austrália, uma estimativa de 83% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 59% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 24 pontos percentuais é inferior à média da OCDE de 33 pontos percentuais e sugere que o mercado de trabalho na Austrália é relativamente inclusivo.
As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. Na Austrália, 67% das mulheres possuem empregos. Esse percentual é superior à média da OCDE de 57%, porém inferior à taxa de emprego de homens de 78% na Austrália. Essa diferença de 13 pontos percentuais entre gêneros é inferior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que a Austrália poderia melhorar ainda mais as oportunidades de emprego para mulheres, mas, de forma geral, tem tido êxito ao tratar de restrições e barreiras que as mulheres enfrentam no acesso ao trabalho.
Os jovens australianos com idades entre 15 e 24 anos enfrentam uma taxa de desemprego de 11,7% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Na Austrália, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de quase 1,1%, inferior à média da OCDE de 2,7%. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo – 2,7% para homens e 2,8% para mulheres, o que também vale para a Austrália, onde a taxa de desemprego de longo prazo referente a homens e mulheres é quase a mesma, respectivamente, de 1,1% e 1,0%.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Na Austrália, as pessoas recebem US$ 46.585,00 por ano em média, acima da média da OCDE de US$ 41.010,00. Nem todos recebem esse valor, entretanto. Considerando que a camada superior de 20% da população recebe uma estimativa de US$ 60.686,00 por ano, a camada inferior de 20% vive com uma estimativa de US$ 27.273,00 por ano.
Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. Na Austrália, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 4,4% de perderem seus empregos, abaixo da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Escolhas e não Chances
A Redbank Plains State High School, no sudoeste da Austrália, a aproximadamente 30 quilômetros de Brisbane, está situada em uma área socioeconômica desprivilegiada com grande incidência de migrantes recentes das ilhas do Pacífico e da Nova Zelândia e nível de desemprego relativamente alto. Em 2011, a escola embarcou em um esforço conjunto para transformar seu desempenho com a ajuda de verbas estaduais e federais. Uma importante parte desse esforço foi reconhecer que uma proporção expressiva de alunos preferiria passar diretamente ao trabalho após sair do ensino médio.
A Redbank Plains introduziu um programa de escola para o trabalho denominado “Escolhas e não Chances" para ajudar uma população escolar culturalmente diversa dos últimos anos escolares até o emprego sustentável. Um enfoque específico é a modificação e contestação de uma cultura de desemprego local através de parcerias comunitárias e apoio intensivo para alunos, famílias e a comunidade em geral.
Por meio do programa, os alunos aumentam seu conhecimento de vários segmentos industriais e desenvolvem habilidades e hábitos necessários para trabalhar neles. Os líderes de negócios locais entram em contato com alunos em assembleias e são organizadas visitas para fornecer aos alunos uma percepção em primeira mão do mundo do trabalho. Em seu último ano na escola, os alunos têm a oportunidade de ganhar experiência direta através de colocações de experiência de trabalho.
Um resultado imprevisto do forte enfoque da escola na transição para o trabalho foi a criação de empregos para os pais dos alunos da Redbank Plains. Por meio de sua ligação com a escola, uma empresa local de ônibus com um problema contínuo de recrutamento descobriu que os pais desempregados de alunos da escola formariam uma fonte ideal de condutores de ônibus.
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Comunidade- Austrália mais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas na Austrália passaram 6 minutos por dia realizando atividades de voluntariado, acima da média da OCDE, de 4 minutos por dia. Cerca de 65% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, uma das marcas mais altas da OCDE, onde a média é de 49%. Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. Na Austrália, 93% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, mais do que a média da OCDE, de 89%. Há uma diferença de 2 pontos percentuais entre homens e mulheres, pois 92% dos homens acreditam ter este tipo de amparo social, comparado com 94% das mulheres. Embora em média na OCDE haja uma relação clara entre a disponibilidade do amparo social por um lado, e nível educacional da população, por outro, na Austrália o nível de amparo social é semelhante em toda a sociedade: cerca de 93% das pessoas que concluíram o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 94% das pessoas que concluíram o ensino superior.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. O isolamento social pode seguir-se à ruptura dos laços familiares, perda de emprego, doença ou dificuldades financeiras. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de reintegração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade- Austrália mais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho. Na Austrália, 74% dos adultos entre 25 e 64 anos possuem o equivalente ao diploma de ensino médio, próximo à média da OCDE de 75%. Essa taxa inclui mais homens do que mulheres, pois 76% dos homens concluíram o ensino médio comparado a 73% das mulheres. Essa diferença de três pontos percentuais é mais alta que a média da OCDE de um ponto percentual e sugere que a participação das mulheres na educação secundária pode ser melhorada. Entre os jovens - um melhor indicador do futuro da Austrália - 84% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio, mais que a média da OCDE de 82%.
Os australianos podem esperar estudar por 18,8 anos entre os 5 e 39 anos de idade, mais que a média da OCDE de 17,7 anos. Este alto nível de expectativa de escolaridade reflete o bom desempenho da Austrália no que diz respeito ao grau de instrução de sua população de 25 a 34 anos de idade.
Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno mediano na Austrália obteve pontuação de 514 em leitura, matemática e ciências, mais que a média da OCDE de 497. Em média, na Austrália, as meninas superaram os meninos em 8 pontos, menos que a média da OCDE de 10 pontos.
Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. Na Austrália, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 92 pontos, discretamente menor que a média da OCDE de 96 pontos.Isso sugere que o sistema educacional da Austrália fornece acesso relativamente igualitário à educação de alta qualidade.
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Meio-ambiente - Austrália mais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na Austrália, os níveis de PM10 são de 13,1 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na Austrália, 93% das pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, acima da média da OCDE de 84%.
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Engajamento Cívico - Austrália mais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. Na Austrália, 46% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, acima da média da OCDE, de 39%. A alta participação eleitoral é outra medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral na Austrália foi de 93% dos eleitores cadastrados; este número é o mais alto da área da OCDE onde a média da participação eleitoral é de 72%.
Embora a participação eleitoral seja realmente compulsória (e fortemente exigida) na Austrália, ela é, todavia, uma medida adequada do engajamento civil. No contexto do Índice para uma Vida Melhor, a participação eleitoral mede como o engajamento cívico contribui para o bem-estar das pessoas e sociedade. A partir desta perspectiva, o sistema político Australiano atua adequadamente, pois reflete a vontade de um grande número de pessoas (independente do que realmente gere a alta participação).
Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Este é o caso da Austrália em que a participação eleitoral é quase a mesma para homens e mulheres. Embora em média haja pouca diferença entre homens e mulheres com relação à participação em eleições, a renda pode ter forte influência sobre a participação eleitoral. Na Austrália, como a participação eleitoral é compulsória, a participação é alta entre todos os grupos de renda. A participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população é estimada em 94%, um pouco acima da estimativa de 92% da taxa de participação dos 20% menos favorecidos. Essa diferença de dois pontos percentuais fica muito abaixo da diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais, e sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas da Austrália.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. Na Austrália, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito, online ou pessoalmente – o que facilita intensamente o processo de FOI. Entretanto, não existem disposições sobre anonimato ou proteção contra retaliação.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Políticas Melhores para uma Vida Melhor
Uma “Declaração de Governo Aberto”
A Austrália está comprometida em manter uma forma de governo mais aberta, por meio de três princípios centrais: fortalecimento do acesso à informação, colaboração com os cidadãos no tocante à criação de políticas e serviços e tornando o governo mais acessível e participativo. Isso inclui a ampliação do uso da internet para o envolvimento da população e atuação proativa no compartilhamento de informações.
A consulta pública para a tomada de decisões é uma parte primordial do processo de governo aberto. Dessa forma, foi desenvolvido o Compacto Nacional, que visa fortalecer as relações de trabalho entre o governo federal e o setor sem fins lucrativos, após um trabalho abrangente de consultas feitas entre o governo e o setor.
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Saúde - Austrália mais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. A expectativa de vida na Austrália ao nascer é de 82 anos, dois anos a mais que a média da OCDE de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 84 anos comparado a 80 dos homens, uma diferença discretamente menor que a diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representa8,9% do PIB da Austrália, menos que a média de 9,4% da OCDE.Entretanto, a Austrália está acima da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 3.800 em 2010 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2009, o gasto total com saúde na Austrália aumentou, em termos reais, 4,2% por ano em média, uma taxa de crescimento semelhante à média da OCDE de4,0%.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser dois fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. A Austrália é um exemplo de um país que obteve progresso significativo na redução do consumo de tabaco, diminuindo em mais da metade a porcentagem de adultos que fumam diariamente, de 35,4% em 1983 para 15,1% atualmente. A taxa de tabagismo entre os adultos na Austrália é, atualmente, uma das mais baixas na OCDE, atrás apenas da Islândia, Suécia e dos Estados Unidos. A maior parte da redução na Austrália pode ser atribuída a políticas que visam reduzir o consumo de tabaco por meio de campanhas de conscientização, proibições de propaganda e aumento dos impostos sobre o cigarro.
Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. Na Austrália, a taxa de obesidade entre os adultos é de 28,3%, mais alta que a média da OCDE de 17,2%. A taxa de obesidade é alta na Austrália e está aumentando mais rápido que na maioria dos países da OCDE ao longo dos últimos 20 anos. O aumento na prevalência da obesidade anuncia aumento na ocorrência de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e asma, além de custos mais altos com assistência médica no futuro.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 85% das pessoas na Austrália disseram que a saúde estava boa, mais alto que a média daOCDE de 69%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. Entretanto, na Austrália, não há diferença entre homens e mulheres. De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda. Cerca de 93% dos adultos com renda líquida nos 20% superiores na Austrália classificam sua saúde como “boa” ou “muito boa”, comparado a cerca de 75% dos adultos com renda líquida nos 20% inferiores.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Aprimorando o Sistema de Saúde
O sistema de assistência médica universal da Austrália é um dos melhores do mundo. Entretanto, o rápido envelhecimento da população e a maior frequência de condições crônicas estão contribuindo para o aumento do custo deste sistema.
O ambicioso programa nacional de saúde eletrônica (eHealth) pretende aumentar o engajamento dos consumidores e o controle sobre suas informações médicas. Este programa inclui o desenvolvimento de uma Ficha Médica Eletrônica Controlada Pessoalmente (PCEHR), coleta digital baseada na internet do histórico médico do paciente. A ficha inclui cópias de registros médicos, relatórios sobre condições médicas diagnosticadas, medicações, sinais vitais, imunizações, resultados de exames laboratoriais e características pessoais, como idade e peso.
O uso de uma PCEHR para cada australiano representa uma oportunidade importante de melhoria da qualidade e segurança do sistema de saúde, redução do desperdício e da ineficiência, e melhoria da continuidade e dos resultados de saúde dos pacientes. Fornecer às pessoas melhor acesso às suas próprias informações de saúde por meio da PCEHR também é essencial para promover a participação do consumidor e para apoiar a autogestão e a tomada de decisões informadas.
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Satisfação pessoal- Austrália mais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os australianos lhe atribuíram uma nota 7,4, superior à média da OCDE de 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. Essa afirmação vale para a Austrália, em que os homens atribuíram a sua vida uma nota 7,2, apenas ligeiramente inferior à nota 7,5 fornecida por mulheres. Os níveis de escolaridade, entretanto, influenciam o bem-estar subjetivo. Enquanto pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental na Austrália possuem um nível de satisfação com a vida de 6,9, essa pontuação alcança 7,5 para pessoas com ensino superior.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também é medido(a) pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. Na Austrália, 83% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é superior à média da OCDE de 76%.
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Segurança - Austrália mais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. Na Austrália, 2,1% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, menos que a média da OCDE de 3,9%. Há pouca diferença entre homens e mulheres nas taxas de agressão, com 2,5% para homens e 1,7% para mulheres.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, A taxa de homicídios da Austrália é de 0,8, abaixo da média da OCDE de 4,1. A taxa de homicídios de homens é de 1,1 ante 0,6 para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. Na Austrália, 67% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, ligeiramente abaixo da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Equilíbrio vida-trabalho - Austrália mais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a assumir longas horas de trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam mais tempo em trabalhos domésticos não remunerados. Os australianos passam 172 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, um dos dados mais expressivos dos países da OCDE, porém o tempo é menor em relação às australianas que passam 311 minutos por dia em média realizando trabalhos domésticos.
Um aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. Na Austrália, as pessoas trabalham em média 1.728 horas por ano, menor que a média da OCDE de 1.765 horas. Por outro lado, outra mensuração importante é saber quantas pessoas trabalham durante horas muito longas. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. Mais de 14% dos colaboradores australianos trabalham durante horas muito longas, maior que a média da OCDE de 9%. Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados: 21% desempenham sua função profissional durante horas muito longas, enquanto 6% das mulheres o fazem.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. Na Austrália, os colaboradores que atuam em tempo integral dedicam 60% do dia em média (ou 14.4 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) – menor que a média da OCDE de 15 horas. As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer. Os australianos e as australianas dedicam em torno de 14 horas por dia ao lazer e cuidados pessoais.
Melhores Políticas para Viver Melhor
Ajudando as famílias monoparentais a encontrar trabalho remunerado
A Austrália apresenta bom desempenho em vários resultados importantes do equilíbrio vida-trabalho: a fertilidade (1,9 filhos por mulher) está acima da média da OECD (1,7); a taxa de empregabilidade das mulheres (66,6%) vem crescendo de forma estável desde os anos 60 e agora está bem acima da média da OECD (57%); e, a diferença salarial entre os sexos (16%) está perto da média da OECD (15%). Ao contrário de muitos países da OECD, as mães sempre retornam ao trabalho em tempo integral quando seus filhos atingem a idade escolar.
O desemprego entre as famílias monoparentaisé, no entanto, um problema significativo. Em mais de 50% em 2009, a taxa de emprego das famílias monoparentaisé uma das menores da OECD, o que contribui para a taxa de pobreza, acima da média, das famílias monoparentais. Esta questão é bastante preocupante, pois em torno de 01 em 05 crianças vive com as famílias monoparentais, e as projeções mostram que o número tende a crescer em 20% ao longo dos próximos 25 anos. A política australiana deve, portanto, continuar dando suporte aos requisitos de trabalho, qualificação ou procura de emprego para aqueles que recebem os benefícios das famílias monoparentais.
A Austrália se sai bem em relação à maioria das suas crianças, de acordo com os resultados mensurados nas três principais dimensões do bem-estar material, educação e saúde. A taxa de pobreza infantil caiu durante os últimos 10 anos e agora está perto da média da OECD, as pontuações de leitura do estudo PISA estão acima da média da OECD, as crianças mais velhas tendem a estar menos ausentes da educação ou emprego e a incidência de falecimento de bebês também obteve um grande declínio.
Apesar dos gastos públicos acima da média no tocante às famílias, a Austrália gasta menos em creches do que a maioria dos países da OECD: 0,6% do PIB em comparação com a média da OECD de 0,7%. Isto colaborou para as baixas taxas de matrículas das crianças pequenas em creches, estando somente 33% das crianças de menos de 3 anos em creches formais. A Austrália deve considerar a ampliação de seus programas de suporte a creches a fim de ajudar mais os pais que possuem colocação no mercado.