Canadá
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 34.9 | mil. |
Visitantes por ano | 15.9 | mil. |
Energia renovável | 16.98 | % |
Como vai a vida?
O Canadá tem um ótimo desempenho em muitas medidas de bem estar, comprovado pelo fato de estar classificada entre os principais países em muitos tópicos do Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. No Canadá, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é superior à média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Com relação ao índice de emprego, mais que 72% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos no Canadá têm emprego remunerado, acima da média de empregos da OCDE de 65%. Aproximadamente 75% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 69% das mulheres. No Canadá, as pessoas trabalham 1.710 horas por ano, menos do que a maioria das pessoas na OCDE que trabalham 1.765 horas. Cerca de 4% dos empregados trabalham horas extras, muito abaixo da média da OCDE, de 9%, sendo que 6% dos homens trabalham horas extras, comparado a somente 2% das mulheres.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. No Canadá, 89% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos obtiveram o equivalente a um diploma de ensino médio, muito acima da média da OCDE, de 75%. Isso se aplica mais às mulheres do que aos homens, pois 88% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 90% das mulheres. Este resultado é inverso à realidade média da OCDE onde há uma probabilidade um pouco maior de conclusão do ensino médio para os homens. O Canadá é um país de desempenho superior em termos da qualidade de seu sistema educacional. O aluno médio obteve pontuação de 522 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é superior à média da OCDE, de 497, fazendo com que o Canadá seja um dos países mais fortes da OCDE com relação às habilidades estudantis. Em média, no Canadá, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 8 pontos, abaixo da diferença média da OCDE, de 10 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, no Canadá, é de 81 anos, 1 ano a mais do que a média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 83 anos, comparada a 79 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 14,5 microgramas por metro cúbico, consideravelmente abaixo da média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. O Canadá também tem um desempenho melhor em termos de qualidade da água, pois 90% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, mais do que a média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário, mas níveis moderados de participação cívica no Canadá, onde 94% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 61% durante as últimas eleições; este número é inferior à média da OCDE, de 72%. Há pouca diferença nos níveis eleitorais na sociedade como um todo; a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população está estimada em 63% e para os 20% menos favorecidos da população está estimada em 60%, diferença muito menor do que a diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais, o que sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do Canadá.
De maneira geral, os canadenses estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 80% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
Canadá em detalhes
Moradia - Canadá mais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias canadenses gastam em média 22% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, um pouco acima da média da OCDE de 21%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. No Canadá, 90% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia,maior que a média da OCDE de 87%. Esse nível de satisfação subjetiva reflete o bom desempenho do país nos indicadores objetivos de moradia.
O número de cômodos de uma casa, dividido pelo número de pessoas que moram ali, indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é sempre um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. No Canadá, as casas dispõem de 2,5 cômodos em média por pessoa, maior que a média da OCDE de 1,6 cômodos por pessoa e a maior faixa da OCDE. Em termos de instalações básicas, 99,8% dos canadenses vivem em moradias com acesso particular ao banheiro, maior que a média da OCDE de 97,9%.
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Indicadores
Renda - Canadá mais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. No Canadá, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. No Canadá, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é estimada em US$ 63.261,00, muito maior que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Empregos- Canadá mais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Na Canadá, aproximadamente 72% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é superior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; no Canadá uma estimativa de 81% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 47% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 34 pontos percentuais é ligeiramente superior à média da OCDE de 33 pontos percentuais e sugere que o mercado de trabalho na Canadá é relativamente inclusivo.
As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. Na Canadá, 69% das mulheres possuem empregos. Esse percentual é superior à média da OCDE de 57% e relativamente próximo à taxa de emprego de homens de 75% no Canadá. Essa diferença de 6 pontos percentuais entre gêneros é muito inferior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que a Canadá tem tido êxito ao tratar de restrições e barreiras que as mulheres enfrentam no acesso ao trabalho.
Os jovens canadenses com idades entre 15 e 24 anos enfrentam uma taxa de desemprego de 14,3% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Na Canadá, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de 0,9%, muito inferior à média da OCDE de 2,7%. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo, o que também vale para o Canadá, onde a taxa de desemprego de longo prazo referente a homens e mulheres é quase a mesma, respectivamente, de 1,0% e 0,8%.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Na Canadá, as pessoas recebem US$ 44.017,00 por ano em média, acima da média da OCDE de US$ 41.010,00. Nem todos recebem esse valor, entretanto. Considerando que a camada superior de 20% da população recebe uma estimativa de US$ 60.751,00 por ano, a camada inferior de 20% vive com uma estimativa de US$ 25.572,00 por ano.
Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. Na Canadá, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 6,6% de perderem seus empregos, acima da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Comunidade - Canadá mais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas no Canadá passam 2 minutos por dia realizando atividades de voluntariado, abaixo da média da OCDE, de 4 minutos por dia. Contudo, 66% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, uma das marcas mais altas da OCDE, cuja média é de 49%.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. No Canadá, 94% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE, de 89%. Há uma diferença de 3 pontos percentuais entre homens e mulheres pois 92% dos homens acreditam ter este tipo de amparo social, comparado com 85% das mulheres. No Canadá, cerca de 97% das pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 94% das pessoas que concluíram o ensino superior. O Canadá é um dos quatro países em que as pessoas com menor nível educacional relatam ter mais conexões sociais do que aquelas com maior nível educacional.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade - Canadá mais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho. No Canadá, 89% dos adultos entre 25 e 64 anos possuem o equivalente ao diploma de ensino médio, mais que a média da OCDE de 75%. Em toda a OCDE, um pouco mais de homens com idade entre 25 e 64 possuem o equivalente a um diploma de ensino médio comparado às mulheres da mesma faixa etária. Entretanto, no Canadá, 90% das mulheres concluíram o ensino médio comparado a 88% dos homens. Entre os jovens - um melhor indicador do futuro do Canadá - 92% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio, mais que a média da OCDE de 82%.
Os canadenses podem esperar estudar por 17,0 anos entre os 5 e 39 anos de idade, discretamente menos que a média da OCDE de 17,7 anos. Este alto nível de expectativa de escolaridade reflete o bom desempenho do Canadá no que diz respeito ao grau de instrução de sua população de 25 a 34 anos de idade.
Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O Canadá é um país da OCDE de ótimo desempenho em leitura, matemática e ciências, sendo que o aluno mediano obteve pontuação de 522. Essa pontuação é mais alta que a média da OCDE de 497, fazendo do Canadá um dos países da OCDE mais fortes em habilidades dos alunos. Em média, no Canadá, as meninas superaram os meninos em 8 pontos, menos que a média da OCDE de 10 pontos.
Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. No Canadá, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 72 pontos, muito menos que a média da OCDE de 96 pontos.Isso sugere que o sistema educacional do Brasil fornece acesso relativamente igualitário à educação de alta qualidade.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Em 2000, o Canadá se tornou líder mundial na reforma de seu sistema educacional, uma reforma orientada à profissionalização. Os alunos de lá não só apresentam bom desempenho, como apresentam bom desempenho independente do status socioeconômico, do primeiro idioma falado ou do fato de serem canadenses nativos ou imigrantes recém-chegados. Em especial, a abordagem de Ontário à reforma educacional adota práticas importantes, incluindo:
Compromisso com a Educação e as Crianças
O forte comprometimento cultural à educação parece ser um valor nacional subjacente importante, que ajuda a explicar o forte desempenho geral do Canadá apesar da ausência de um papel governamental nacional na educação. O comprometimento com o bem-estar das crianças, conforme expresso pela forte rede de segurança social do Canadá, ajuda a explicar porque os problemas de rendimento desse país, ao passo que ainda preocupantes, não são nem de perto parecidos ou tão profundas quanto os dos Estados Unidos.
Apoio Cultural para Alto Rendimento Universal
O desempenho extraordinário das crianças que imigram ao Canadá amplamente reflete as grandes expectativas que as famílias imigrantes têm de suas crianças, e as grandes expectativas também tidas pelos educadores. Devido ao fato de o Canadá enxergar, historicamente, seus imigrantes como ativos cruciais para o desenvolvimento contínuo do país, e devido ao fato de suas políticas de imigração refletirem esses valores, as escolas têm como papel integrar as crianças à cultura local o mais rápido possível. Caso houver, o valor dado ao alto rendimento das crianças imigrantes parece ter efeitos indiretos positivos nas expectativas com relação às crianças nativas, em vez de ser o contrário.
Qualidade do Professor e do Diretor
Lecionar é uma profissão historicamente respeitada no Canadá e os candidatos continuam sendo escolhidos a partir dos três melhores de cada turma do ensino médio. Adicionalmente, a província de Ontário dá atenção especial a desenvolvimento em liderança, especialmente para diretores de escola. Em 2008, o governo iniciou a Estratégia de Liderança de Ontário, que indica as habilidades, conhecimento e atributos de líderes efetivos. Entre os elementos da estratégia estão um forte programa de mentores, que já atingiu mais de 4.500 diretores e vice-diretores.
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Meio-ambiente - Canadá mais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. No Canadá, os níveis de PM10 são de 14,5 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e abaixo do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. No Canadá, 90% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, acima da média da OCDE de 84%.
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Engajamento Cívico - Canadá mais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. No Canadá, 51% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, acima da média da OCDE, de 39%. A alta participação eleitoral é outra medida de confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral no Canadá foi de 61% dos eleitores cadastrados. Este número é inferior à média da OCDE, de 72%.
Embora o direito a voto seja universal em todos os países da OCDE, nem todos exercem esse direito. Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Isto se verifica no Canadá, onde a participação eleitoral é semelhante entre os homens e mulheres, estimada, respectivamente, em 61% e 62%. Embora na média haja poucas diferenças entre homens e mulheres com relação à participação nas eleições, a renda exerce forte influência sobre a participação eleitoral. No Canadá, a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população é estimada em 63%, enquanto que a participação eleitoral para os 20% menos favorecidos é estimada em 60%. Essa diferença de 3 pontos percentuais fica muito abaixo da diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais, e sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do Canadá.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. No Canadá, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito ou pessoalmente, mas isso ainda não é possível online ou por telefone. Ademais, não existem disposições sobre anonimato ou proteção contra retaliação.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Políticas Melhores para uma Vida Melhor
Maneiras inovadoras de engajamento da população
O governo canadense está comprometido em descobrir novas formas inovadoras para consultar e engajar a população. O website ‘Consulting with Canadians’ [Consultando os Canadenses] (www.consultingcanadians.gc.ca) traz um acesso com uma única janela para diversas consultas de departamentos e agências federais. Os cidadãos podem visualizar as consultas atuais e descobrir como participar. Uma das áreas principais é a de processo regulamentar, a qual os departamentos e agências federais precisam demonstrar como foi feita a consulta aos canadenses e como lhes foi apresentada a oportunidade de participar no desenvolvimento ou na alteração das regulamentações.
O Canadá também mobilizou os cidadãos e a iniciativa privada para buscar aconselhamento sobre como manter seu crescimento econômico e prosperidade no longo prazo, por meio da série de mesas denominada “Cross Canada Roundtable” [Mesa Redonda no Território Canadense]. Especialistas da iniciativa privada, empresas, área acadêmica, e organizações não governamentais forneceram orientações valiosas sobre questões primordiais. As mesas redondas foram um trabalho importante para o engajamento ativo dos cidadãos na busca de soluções para redução do déficit, aumento do crescimento econômico e outras preocupações políticas.
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Saúde - Canadá mais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. A expectativa de vida no Canadá ao nascer é de 81 anos, discretamente acima da média da OCDE de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 83 anos comparado a 79 dos homens,uma diferença discretamente menor que a diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representa11,2% do PIB do Canadá, quase dois pontos percentuais a mais que a média de 9,4% da OCDE. O Canadá está acima da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 4.522 em 2011 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2011, o gasto total com saúde no Canadá aumentou, em termos reais, 4,1% por ano em média, uma taxa de crescimento semelhante à média da OCDE de4,0%. Esta taxa de crescimento foi reduzida para apenas 0,8% em 2011.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser dois fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. O Canadá é um exemplo de um país que obteve progresso significativo na redução do consumo de tabaco, diminuindo pela metade a porcentagem de adultos que fumam diariamente, de 34% em 1980 para 15,7% atualmente, uma taxa mais baixa que a média da OCDE de 20,9%. A maior parte da redução no Canadá, e em outros países, pode ser atribuída a políticas que visam reduzir o consumo de tabaco por meio de campanhas de conscientização, proibições de propaganda e aumento dos impostos sobre o cigarro.
Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. No Canadá, a taxa de obesidade entre os adultos é de 17,7%, discretamente mais alta que a média da OCDE de 17,2%. O aumento na prevalência da obesidade anuncia aumento na ocorrência de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e asma, além de custos mais altos com assistência médica no futuro.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 88% das pessoas no Canadá disseram que a saúde estava boa, muito mais alto que a média da OCDE de 69% e uma das pontuações mais altas na OCDE. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. No Canadá, há pouca diferença entre os homens e as mulheres, com 89% das respostas positivas vindas dos homens e 88% das respostas positivas vindas das mulheres. De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda. Cerca de 95% dos adultos com renda líquida nos 20% superiores no Canadá classificam sua saúde como “boa” ou “muito boa”, comparado a cerca de 79% dos adultos com renda líquida nos 20% inferiores.
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Satisfação pessoal - Canadá mais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os canadenses lhe atribuíram uma nota 7,6, uma das mais altas pontuações da OCDE, cuja satisfação com a vida média corresponde a 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. Essa afirmação vale para o Canadá, onde tanto homens quanto mulheres atribuíram a sua vida uma nota 7,6. Os níveis de escolaridade influenciam fortemente o bem-estar subjetivo em muitos países da OCDE, mas no Canadá a diferença é relativamente pequena, com pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental informando um nível de satisfação com a vida de 7,4 e pessoas com ensino superior, um nível de 7,7.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também é medido(a) pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. No Canadá, 80% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é superior à média da OCDE de 76%.
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Segurança - Canadá mais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. No Canadá, 1,3% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, a taxa mais reduzida da OCDE, cuja média é de 3,9%. Há pouca diferença entre homens e mulheres nas taxas de agressão.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios do Canadá é de 1,7, abaixo da média da OCDE de 4,1. No Canadá, a taxa de homicídios de homens é de 2,5 ante 0,8 para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. No Canadá, 76% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, acima da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Equilíbrio vida-trabalho - Canadá mais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Os canadenses passam 160 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, maior que a média da OCDE de 141 minutos, porém o tempo é bem menor em relação às canadenses que passam 254 minutos por dia em média realizando trabalhos domésticos.
Outro aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. No Canadá, as pessoas trabalham 1.710 horas por ano, menor que a média da OCDE de 1.765 horas. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. Quase 4% dos colaboradores canadenses trabalham durante horas muito longas, menor que a média da OCDE de 9%. Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados: 6% trabalham durante horas muito longas, enquanto 2% das mulheres o fazem.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. No Canadá, os colaboradores que atuam em tempo integral dedicam 59% do dia em média (ou 14.3 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) – menor que a média da OCDE de 15 horas. As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer. Os canadenses e as canadenses dedicam em torno de 14 horas por dia ao lazer e cuidados pessoais.
Melhores Políticas para Viver Melhor
O suporte a creches poderia ajudar famílias vulneráveis
O Canadá apresenta bom desempenho em vários indicadores principais de família: as taxas de fertilidade (1,6 filhos por mulher), as diferenças salariais entre os sexos (19% em ganhos médios) e a pobreza infantil (14%) estão perto da média da OECD. A empregabilidade das mulheres é maior do que a maioria dos países da OECD e o rendimento educacional das crianças, de acordo com as mensurações dos valores da capacidade de leitura do estudo PISA, está entre os maiores na OECD. Entretanto, a matrícula de crianças de menos de 6 anos (40%) em creches fica atrás dos padrões da OECD.
O Canadá é um país federal e cada província dispõe de politicas diferentes nessa área. Dentre as províncias, Québec tem inegavelmente a combinação mais abrangente de políticas voltadas à família, incluindo o suporte a creches em geral e creches extraescolares, benefícios associados ao trabalho para os pais e licença paternidade. As condições financeiras e a qualidade das creches permanecem, no entanto, sendo um problema no país.
As famílias monoparentais, cujas despesas com creches estão entre as maiores na OECD, são as mais vulneráveis. Oferecer maiores investimentos em creches reduziria os custos dos pais e aumentaria a qualidade do serviço, exercendo efeitos positivos sobre o desenvolvimento das crianças.