Dinamarca
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 5.8 | mil. |
Visitantes por ano | 20.6 | mil. |
Energia renovável | 24.4 | % |
Como vai a vida?
A Dinamarca apresenta bom desempenho em muitas dimensões de bem-estar em comparação com a maioria dos demais países no Índice para uma Vida Melhor. A Dinamarca apresenta desempenho acima da média nos quesitos: trabalho, educação, saúde, qualidade do meio ambiente, conexões sociais, engajamento cívico e satisfação com a vida. Essas avaliações baseiam-se em dados selecionados disponíveis.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. Na Dinamarca, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 33.774 por ano, superior à média da OCDE, de US$ 30.490 por ano.
Com relação ao índice de emprego, 74% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos na Dinamarca têm emprego remunerado, acima da média de empregos da OCDE de 66%. Aproximadamente 77% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 71% das mulheres. Na Dinamarca, 1% dos empregados trabalham durante horas muito longas de trabalho remunerado, muito abaixo da média da OCDE de 10%, sendo que 2% dos homens trabalham durante horas muito longas de trabalho remunerado, comparado a quase 0% das mulheres.
Boa educação e qualificações são requisitos importantes para conseguir um emprego. Na Dinamarca, 82% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos completaram o ensino médio, acima da média da OCDE, de 79%. Isso se aplica mais às mulheres que aos homens, pois 80% dos homens completaram o ensino médio, comparado com 83% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 501 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é um pouco superior à média da OCDE, de 488. Em média, na Dinamarca, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 9 pontos, acima da diferença média da OCDE, de 5 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, na Dinamarca, é de 82 anos, um ano acima da média da OCDE de 81 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 86 anos, comparada a 79 anos para os homens. O nível de PM2,5 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 10 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE, de 14 microgramas por metro cúbico. A Dinamarca também tem bom desempenho em termos de qualidade da água, pois 93% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, mais do que a média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário e altos níveis de participação cívica na Dinamarca, onde 95% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE, de 8891 A participação eleitoral, uma medida da participação dos cidadãos no processo político, foi de 85% durante as últimas eleições; consideravelmente acima da média da OCDE, de 69%. O status social e econômico também pode afetar a participação eleitoral, dado que para os 20% mais favorecidos da população, esta taxa estimada é de 87% e, para os 20% menos favorecidos, de 83%..
Quando questionados sobre a sua satisfação em geral com a vida, numa escala de 0 a 10, em média, os dinamarqueses consideram que estão em um nível de 7,5, muito acima da média da OCDE de 6,7.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados do BLI.
Quesitos
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Dinamarca em detalhes
Moradiamais
Principais Descobertas
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de quatro paredes e um teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal; um local onde possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão sobre se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. Na Dinamarca, as famílias gastam, em média, 23% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, acima da média da OCDE de 20%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. O número de cômodos de uma casa dividido pelo número de pessoas que moram ali indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é frequentemente um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. Na Dinamarca, as casas dispõem de 1,9 cômodo, em média, por pessoa, maior que a média da OCDE de 1,77 cômodo por pessoa. Em termos de instalações básicas, 99,5% das moradias na Dinamarca têm acesso particular a um banheiro com descarga, maior que a média da OCDE de 97%.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Moradias decentes na terceira idade
Os benefícios habitacionais na Dinamarca contribuem para que os aposentados possam manter um padrão de vida decente na terceira idade. O benefício não leva em conta a situação financeira, de modo que os aposentados que já possuem sua casa própria também podem se candidatar. Se o beneficiário já for proprietário, o complemento será oferecido sob a forma de um empréstimo, que deverá ser devolvido se a casa for vendida. O benefício máximo para idosos aposentados atingiu 44.844 coroas dinamarquesas por ano em 2015, em comparação com o benefício padrão de 41.928 coroas dinamarquesas.
Os idosos aposentados também podem inscrever-se para receber uma complementação à parte destinado aos gastos com calefação. Essa complementação para calefação é concedida em função da situação econômica no que se refere à renda, excluindo os mais abastados, de forma a auxiliar os que mais precisam. Cerca de 290.000 aposentados idosos receberam o benefício-moradia e 167.000 receberam a complementação para calefação em 2013.
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Rendamais
Principais Pontos
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. Na Dinamarca, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 33.774,00 por ano, maior que a média da OCDE de US$ 30.490,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar, como dinheiro ou ações mantidas em contas bancárias, residência principal, outros imóveis, veículos, valores e outros ativos não financeiros (por exemplo, outros bens duráveis). Na Dinamarca, a média da riqueza financeira líquida das famílias é estimada em US$ 149.864,00, menor que a média da OCDE de US$ 323.960,00.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Índice para uma Vida Melhor.
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Empregosmais
Principais Pontos
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Na Dinamarca, 74% da população de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é superior à média de emprego da OCDE de 66%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Na Dinamarca, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de aproximadamente 0,9%, inferior à média da OCDE de 1,3%.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Os dinamarqueses recebem US$ 58.430,00 por ano em média, acima da média da OCDE de US$ 49.165,00.
Outro fator essencial para a qualidade do emprego é a segurança no trabalho em termos de perdas esperadas dos ganhos quando um trabalhador fica desempregado. Esse fator inclui a probabilidade de perda de emprego, a provável duração do desemprego e que assistência financeira pode ser esperada do governo. Os trabalhadores cujo risco de perda de emprego é mais elevado são mais vulneráveis, especialmente em países onde os sistemas de seguridade social são de menor porte. Na Dinamarca, os trabalhadores estão sujeitos a uma perda esperada de 4,5% de seus rendimentos se ficarem desempregados, percentual inferior à média da OCDE de 5,1%.
Para mais informações sobre estimativas e anos de referência, consulte a Seção de Perguntas Frequentes e o Banco de dados BLI.
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O modelo de mercado de trabalho da flexigurança
O modelo dinamarquês de flexigurança, que se desenvolveu amplamente durante os anos 1990, caracteriza-se por três elementos fundamentais: regras flexíveis para admissão e demissão, taxas de substituição de benefícios do seguro-desemprego, e gastos substanciais com políticas ativas do mercado de trabalho. A principal vantagem da flexigurança está em limitar o risco financeiro tanto para os empregadores como para os empregados. O alto grau de flexibilidade permite que as empresas façam rápidos ajustes em sua força de trabalho nas diferentes fases do ciclo de negócios, e na contratação de jovens sem experiência.
O modelo de flexigurança funcionou bem nas duas décadas que culminaram com a crise global, e a rápida avaliação de seu desempenho durante a recessão também mostra resultados alentados. Ao mesmo tempo, ocorreu apenas um pequeno crescimento no desemprego estrutural na sequência da recessão. No entanto, o sistema de flexigurança da Dinamarca é dispendioso, já que a parcela do PIB dinamarquês gasto com políticas do mercado de trabalho ativo foi a mais elevada entre os países da OCDE em 2013.
Minorias étnicas fornecem treinamento a empreendedores
O projeto Consultor Étnico para Empreendedores de Minorias Étnicas tem como objetivo superar a falta de confiança no sistema público de suporte, disponibilizando consultores do mesmo grupo étnico do participante para aconselhamento. O papel de cada consultor é ajudar o empreendedor a se ajustar às normas regulatórias e sociais do novo país, e a criar e fortalecer redes sociais e de empreendedorismo no grupo de minoria étnica. Os consultores ajudam a esclarecer e melhorar planos e necessidades de negócios, e encaminham o empreendedor para receber treinamento e outros serviços de assessoria na região. Os consultores continuam a prestar assistência aos empreendedores após a abertura do negócio, conforme o empreendimento se desenvolve e se expande.
Nos últimos anos, aproximadamente 100 empreendedores de minorias étnicas foram assistidos anualmente. O programa recebeu o European Trailblazer Award em 2006 e foi selecionado como melhor prática na Europa no projeto Interreg IVC, Enspire EU (Inspiração Empreendedora para a União Europeia) em 2011.
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Comunidademais
Principais pontos
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem-estar.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. Na Dinamarca, 95% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE de 91%.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Educaçãomais
Principais pontos
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Os dinamarqueses podem passar 19,3 anos estudando, dos 5 aos 39 anos de idade, acima da média da OCDE de 18 anos.
Concluir o ensino médio tem se tornado cada vez mais importante em todos os países, pois as qualificações exigidas pelo mercado de trabalho cada vez mais se baseiam em conhecimento. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam às exigências mínimas do mercado de trabalho. Na Dinamarca, 82% dos adultos entre 25 e 64 anos concluíram o ensino médio, acima da média da OCDE de 79%.
Entretanto, ainda que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos pouco têm a ver com a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) examina até que ponto os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2018, o PISA se concentrou na avaliação de habilidades dos alunos em leitura, matemática e ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades ajudam a criar prognósticos mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno médio na Dinamarca obteve pontuação de 501 em leitura, matemática e ciências, acima da média da OCDE de 488. Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos.
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Resultados que orientam a educação
A Dinamarca introduziu metas e princípios claros em 2012 com vistas à inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino tradicional. Uma dessas metas, estabelecendo que 96% de todos os alunos das escolas públicas deveriam estar inseridos no ensino regular até 2015, incluiu um objetivo comum que as prefeituras e as escolas no sistema descentralizado do país deveriam incorporar ao seu planejamento e em seus estudos educacionais.
A reforma Folkeskole de 2014 (reforma do ensino compulsório) concentrou-se em objetivos relacionados aos resultados, à igualdade e ao bem-estar entre os alunos, incluindo também os indicadores correspondentes. Os progressos alcançados com esses objetivos são acompanhados por cada escola e informados às prefeituras. Financiamentos centrais destinados às prefeituras também estimulam o desenvolvimento da profissão de professor. A meta é que, até 2020, cada professor detenha as mais modernas competências e qualificações de que necessitam nas matérias que ensinam.
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Meio ambientemais
Principais Descobertas
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura em todo o mundo até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior, a curto prazo, e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão, a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM2,5 – minúsculo material particulado, pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na Dinamarca, os níveis de PM2,5 são de 10 microgramas por metro cúbico, abaixo da média da OCDE de 14 microgramas por metro cúbico e do limite anual de 10 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial da Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na Dinamarca, 93% das pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, acima da média da OCDE de 84%.
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A cidade da bicicleta
Assim como muitas outras cidades dinamarquesas, Copenhague possui uma antiga tradição com relação a políticas para o uso de bicicletas, investindo em ciclovias e pontes exclusivas para este meio de transporte. Copenhague possui 346 km de ciclovias exclusivas e 48 mil vagas em bicicletários em toda a cidade. Trinta e cinco por cento dos habitantes de Copenhague usam bicicleta para ir ao trabalho ou à escola regularmente (Cidade de Copenhague, 2010). Cerca de 55% de todas as crianças em idade escolar vão à escola de bicicleta regularmente. Atualmente, mais de 1,2 milhão de quilômetros são cobertos por ciclistas em Copenhague todos os dias (Copenhagen Bicycle Account 2011). A cidade desenvolveu uma nova estratégia para o uso de bicicletas, com o objetivo de ter, até 2015, 50% de seus cidadãos usando bicicleta como meio de transporte diariamente, isso para contribuir com a estratégia climática da cidade.
A política mais inovadora para facilitar o alcance desse objetivo foi construir “super rodovias para as bicicletas” para transporte mais rápido e distâncias mais longas, com poucos ou nenhum semáforo. Uma rodovia de 18 km para bicicletas entre Copenhague e Albertslund, a oeste da capital, foi a primeira das 26 rotas a serem construídas para incentivar mais pessoas a irem e virem de Copenhague utilizando a bicicleta. Para o projeto da super rodovia, Copenhague e 21 governos locais se uniram para garantir a existência de rotas padronizadas e interligadas, cobrindo distâncias de até 22,5 km para acesso à capital.
Outra medida inclui o ajuste de semáforos para que o fluxo verde nas principais vias favoreça a velocidade de 20km/h dos ciclistas e não a velocidade atingida pelos carros. Um número bastante expressivo, 93% dos ciclistas, acredita que Copenhague seja uma cidade muito boa, boa ou satisfatória para se andar de bicicleta (Copenhagen Bicycle Account 2011). A fama de Copenhague levou outras cidades com iniciativas para o uso de bicicletas, como Nova York, a chamarem suas ciclovias de “ciclovias de Copenhague”. A estratégia para o uso de bicicletas também traz ganhos econômicos significativos para a cidade.
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Engajamento cívicomais
Principais pontos
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. A alta participação eleitoral é uma medida da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral na Dinamarca foi de 85% dos eleitores cadastrados. Esse número é muito superior à média da OCDE, de 69%.
Um maior envolvimento público no processo decisório é também um fator significativo para obrigar o governo a prestar contas, e para sustentar a confiança nas instituições públicas. O processo formal de engajamento público no desenvolvimento das leis e de seus regulamentos permite medir o grau de envolvimento das pessoas nas decisões do governo sobre questões-chave que afetam suas vidas. Na Dinamarca, o nível de envolvimento público na elaboração da legislação é de 2,0 (em uma escala que vai de 0 a 4), inferior à média da OCDE, que é de 2,1.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados do BLI.
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Ouvindo a voz dos mais velhos
Os Conselhos de Cidadãos da Terceira Idade (SCC) são organizações voluntárias com cobertura nacional existentes em cada um dos 98 municípios dinamarqueses. Cada Conselho é eleito, de forma democrática, por cidadãos locais da terceira idade (acima de 60 anos). Os conselhos da administração municipal são obrigados a consultar o SCC local antes de tomar qualquer decisão sobre qualquer questão de relevância para a população de idosos. Cada SCC também faz parte da Associação Nacional de Conselhos de Cidadãos da Terceira Idade, conferindo representação política nacional com relação à política nacional e a outras ONGs. A Associação atua com total neutralidade quando se trata de questões relativas a partidos políticos e concentra suas ações essencialmente no apoio aos SCCs.
Decisões políticas inclusivas
O MindLab é uma unidade inovadora transgovernamental que envolve os cidadãos e as empresas na elaboração de novas soluções para a sociedade. O MindLab opera com usuários de serviços, cidadãos e outras partes envolvidas nas etapas iniciais de planejamento da prestação de serviços. Por exemplo, o MindLab trabalhou com usuários para testar o uso de dispositivos móveis para declarações de impostos. Após coletar o feedback desses usuários, o planejamento do governo foi modificado, sendo evitados onerosos erros de serviço. Três ministérios e uma municipalidade participaram e colaboraram com o Ministério de Assuntos Econômicos e com o Ministério do Interior. O MindLab ajuda os tomadores de decisão a ver as questões sob uma ‘perspectiva de fora para dentro’, examinando o problema sob o ângulo do cidadão para criar melhores ideias em conjunto.
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Saúdemais
Principais Pontos
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. A expectativa de vida na Dinamarca ao nascer é de pouco mais de 81 anos, alinhada à média da OCDE. Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais também tenham impacto na expectativa de vida.
Ao responderem a pergunta “Como está a sua saúde em geral?”, pouco mais de 70% das pessoas na Dinamarca disseram que a saúde estava boa, uma proporção acima da média da OCDE de 68%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta.
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Digitalização dos registros da saúde
A Dinamarca fornece um bom exemplo da implementação bem-sucedida de um sistema nacional de registros de saúde eletrônicos. Amplamente utilizados por médicos de assistência básica, os registros eletrônicos sobre a saúde se encontram interligados em âmbito nacional, permitindo que os médicos se comuniquem diretamente com as operadoras de saúde. A transição para os serviços de saúde eletrônicos foi feita gradativamente, até que a MedCom, organização independente sem fins lucrativos, foi estabelecida com a finalidade de supervisionar e ampliar o programa. Para impedir a criação de sistemas de informação paralelos ou incompatíveis, foi produzido um formulário eletrônico único para todas as comunicações dos médicos de assistência básica. A consolidação da governança do sistema de informação dos serviços de saúde também facilitou a efetiva utilização dos dados, e melhorou a coordenação de atividades e objetivos abrangendo todas as autoridades centrais e regionais.
Favorecer uma dieta saudável
Uma iniciativa de política em prol da adoção de um estilo de vida mais saudável, incentivando os clientes a comprarem mais legumes, foi posta em prática em 12 supermercados dinamarqueses no período de 2015 a 2016. Embalagens de legumes pré-cortados foram inseridas entre embalagens de carne moída para estimular as pessoas a acrescentá-las às suas refeições. A ideia da simples exposição de uma opção de alimento mais saudável baseia-se em estudos comportamentais anteriores, que mostravam que o tipo de carne que as pessoas escolhiam na prateleira de alimentos resfriados influenciava a composição do restante das refeições. A iniciativa trouxe resultados bastante positivos: um aumento percentual de 61,3% por cliente na compra de legumes e verduras pré-cortados e, além disso, um aumento de 32% na venda de carne moída, o que sugeriu que as pessoas passariam a ingerir refeições mais balanceadas se as opções fossem facilitadas e imediatamente disponíveis.
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Satisfação pessoalmais
Principais Pontos
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os dinamarqueses lhe atribuíram em média a nota 7,5, muito superior à média da OCDE de 6,7.
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O Índice da Vida Boa
A região do Sul da Dinamarca desenvolveu uma métrica da “Vida Boa” para monitorar o bem-estar na região e seus municípios. Os 40 indicadores são organizados em 2 categorias: condições da comunidade e percepção das pessoas em relação à sua própria vida.
Uma vez ao ano, os cidadãos são convidados a avaliar o seu próprio nível de bem-estar, tanto em geral como em termos de diferentes dimensões do bem-estar (tais como saúde, relacionamentos, etc.). As outras pesquisas são dedicadas a diferentes temas relacionados à Vida Boa e ao desenvolvimento regional. Uma extensa pesquisa nacional sobre saúde, “Como você está?” (“Hvordan har du det?”), também é realizada regionalmente a cada quatro anos pelo departamento de saúde da região do Sul da Dinamarca.
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Segurançamais
Principais Pontos
A segurança pessoal é um elemento central para o bem-estar dos indivíduos. Você se sente seguro, por exemplo, andando sozinho à noite? Na Dinamarca, 85% das pessoas dizem que se sentem seguras andando sozinhas à noite, muito acima da média da OCDE de 74%.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios da Dinamarca é de 0,5, mais baixa do que a média da OCDE de 2,6.
Indicadores
Vida/Trabalhomais
Principais Descobertas
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. A capacidade de combinar com êxito o trabalho, compromissos familiares e vida pessoal é importante para o bem-estar de todos os membros de uma família. Os governos podem ajudar a resolver o problema, incentivando práticas de trabalho favorável e flexível, tornando mais fácil para os pais obter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida doméstica.
Um aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. Na Dinamarca, aproximadamente 1% dos empregados trabalham durante horas muito longas de trabalho remunerado, muito inferior à média da OCDE de 10%.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer, alimentação ou sono. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. Na Dinamarca, os empregados que atuam em tempo integral dedicam mais tempo do dia em média aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) do que a média da OCDE de 15 horas.
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Empregos flexíveis
Os Empregos Flexíveis (Flexjobs) dinamarqueses foram criados para acolher empregados que trabalham em ritmo diferente, ou precisam de horários menores. Segundo esses acordos, os empregadores remuneram seus empregados com base no trabalho efetivamente realizado. Dependendo de seu nível salarial, os empregados também podem qualificar-se para receber um complemento adicional. Os acordos de Empregos Flexíveis são firmados por um período de cinco anos, e a partir daí os requisitos de elegibilidade são reavaliados. Nesse ponto, os municípios às vezes concedem aos trabalhadores com mais de 40 anos um cargo permanente em um Emprego Flexível.
O Hospital da Universidade de Aalborg usa os acordos do Emprego Flexível para reduzir a carga de trabalho de funcionários mais velhos. Os funcionários acima de 58 anos podem reduzir seus horários e receber as mesmas contribuições para o regime de pensões de seu empregador. Também podem solicitar avaliações de trabalho especiais, horário fixo, e inscrever-se para serem dispensados de trabalhos nos fins de semana e trabalho extra durante as férias. Os funcionários mais velhos com doenças crônicas podem solicitar tarefas mais leves. O hospital também criou uma equipe de assistência social para melhorar as condições físicas e mentais no trabalho, evitar o absenteísmo por doença ou exclusão, e prevenir acidentes de trabalho.
Apoio contínuo para famílias com filhos
Existe na Dinamarca uma política que oferece amplo suporte financeiro às famílias que têm filhos pequenos: o auxílio público em termos de benefícios familiares chega a mais de 4% do PIB, em comparação com os 2,6 % na média de toda a OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento, e quase 60% desses custos destinam-se a serviços familiares, como assistência à criança. Além disso, a política dinamarquesa pretende oferecer suporte contínuo a famílias com crianças pequenas: após o nascimento, é concedida uma licença-maternidade remunerada de 18 semanas, e 2 semanas de licença paternidade remunerada, seguindo-se 32 semanas de licença parental remunerada. Existe o direito a uma vaga formal em creches a partir dos 6 meses de idade da criança; em 67% a participação em creches formais para crianças com menos de 3 anos é a mais alta de toda a OCDE. É oferecido auxílio pré-escolar a partir de 3 anos, e ao ingressar na escola primária, há uma ampla oferta de assistência fora do horário escolar, e esses estabelecimentos são frequentados por quase 90% das crianças entre 6 e 8 anos.
Esse amplo sistema de apoio para famílias com filhos pequenos, juntamente com as práticas favorecendo as famílias no local de trabalho – um exemplo: a semana normal de trabalho é relativamente curta, com 37 horas, o que dá a muitos dinamarqueses a sensação de que trabalho e vida familiar são compatíveis, a Taxa de Fertilidade Total (TFR) ficou em cerca de 1,7-1,8 filhos por cada mulher nos últimos anos, e os índices de empregos femininos entre os trabalhadores mais velhos (78% para os de 25 a 54 anos) estão entre os mais elevados da OCDE. A participação generalizada no emprego contribui para reduzir o índice de pobreza infantil (em 2,7%) e os indicadores sobre satisfação em relação à vida sugerem, de forma nada surpreendente, que os dinamarqueses estão bastante felizes com sua própria condição.
A Dinamarca também está se saindo bem em termos de igualdade de gêneros nos resultados sobre mercado de trabalho: as discrepâncias de gênero no emprego e nos salários estão entre as mais baixas da OCDE. Entretanto, apesar das discussões sobre as políticas, a Dinamarca ainda não implementou a reforma que estimula uma divisão mais igualitária pelos direitos da licença parental, que atualmente é mais utilizada pelas mães. A Islândia estabelece uma quota para os pais nas licenças parentais reservando três meses de licença parental para os pais, do tipo “usar ou perder”, ou então o uso dos meses de gratificação, como no caso da Alemanha, pode contribuir para aumentar a utilização entre os pais, e talvez no futuro dê origem a uma distribuição ainda mais igualitária de gênero do trabalho remunerado e não remunerado na Dinamarca.
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