França
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 63.2 | mil. |
Visitantes por ano | 77.1 | mil. |
Energia renovável | 8.07 | % |
Como vai a vida?
A França tem um bom desempenho em muitas medidas de bem estar, comprovado pelo fato de estar classificada entre os 10 principais países em muitos tópicos do Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. Na França, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 29.322 por ano, superior à média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Mas há uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres – os 20% mais favorecidos da população ganham quase cinco vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, 64% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos na França têm emprego remunerado, abaixo da média de empregos da OCDE de 65%. Aproximadamente 68% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 60% das mulheres. Na França, as pessoas trabalham 1.479 horas por ano, menos do que a média da OCDE, de 1.765 horas por ano. Todavia, outra medida importante, é quantas pessoas trabalham horas extras. Cerca de 9% dos empregados trabalham horas extras, em linha com a média da OCDE, sendo que 12% dos homens trabalham horas extras, comparado a 5% das mulheres.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. Na França, 72% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos obtiveram o equivalente a um diploma de ensino médio, próximo da média da OCDE, de 75%. Há pouca diferença entre homens e mulheres, pois 73% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 71% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 499 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é um pouco superior à média da OCDE, de 497. Em média, na França, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 15 pontos, acima da diferença média da OCDE, de 10 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, na França, é de 82 anos, superior à média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 86 anos, comparada a 79 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 11,9 microgramas por metro cúbico, consideravelmente abaixo da média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. A França também apresenta bom desempenho em termos de qualidade da água, pois 85% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, um pouco acima da média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário e altos níveis de participação cívica na França, onde 91% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, acima da média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 80% durante as últimas eleições; acima da média da OCDE, de 72%. O status social e econômico pode afetar a participação eleitoral; a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população está estimada em 89% e para os 20% menos favorecidos da população está estimada em 79%, um pouco menor do que a diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais.
De maneira geral, os franceses estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 79% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
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França em detalhes
Moradiamais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias francesas gastam em média 21% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, de acordo com a média da OCDE.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. Na França, 91% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia, maior que a média da OCDE de 87%. Esse nível alto de satisfação subjetiva reflete o bom desempenho do país nos indicadores objetivos de moradia.
O número de cômodos de uma casa, dividido pelo número de pessoas que moram ali, indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é sempre um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. Na França, as casas dispõem de 1,8 cômodos em média por pessoa, maior que a média da OCDE de 1,6 cômodos por pessoa. Em termos de instalações básicas, 99,5% dos franceses vivem em moradias com acesso particular ao banheiro, maior que a média da OCDE de 97,9%.
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Rendamais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. Na França, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 29.322,00 por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. Na França, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é estimada em US$ 47.668,00, maior que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Apesar do crescimento geral dos padrões de vida dos países da OCDE ao longo dos últimos quinze anos, nem todas as pessoas se beneficiaram nesse sentido. Na França, a média da renda líquida ajustada disponível dos 20% da população de classe alta é estimada em US$ 57.460,00 por ano, enquanto os 20% da população de classe baixa vivem com uma estimativa de US$ 12.653,00 por ano.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Empregosmais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Na França, quase 64% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é ligeiramente inferior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; na França, uma estimativa de 81% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 45% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 36 pontos percentuais é ligeiramente superior à média da OCDE de 33 pontos percentuais e sugere que o mercado de trabalho na França é relativamente restritivo. As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. Na França, 60% das mulheres possuem empregos. Esse percentual é superior à média da OCDE de 57%, porém inferior à taxa de emprego de homens de 68% na França. Essa diferença de 8 pontos percentuais entre gêneros, entretanto, é inferior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que a França poderia melhorar ainda mais as oportunidades de emprego para mulheres, mas, de forma geral, tem tido êxito ao tratar de restrições e barreiras que as mulheres enfrentam no acesso ao trabalho.
Os jovens na França, com idades entre 15 e 24 anos, entretanto, enfrentam dificuldades, com uma taxa de desemprego de 23,8% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Na França, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de 4,0%, superior à média da OCDE de 2,7%. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo, o que também vale para a França, onde a taxa de desemprego de longo prazo para homens e mulheres é a mesma. Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Na França, as pessoas recebem US$ 38.625,00 por ano em média, acima da média da OCDE de US$ 41.010,00. Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. Na França, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 6,5% de perderem seus empregos, acima da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Empregos para jovens e idosos
A França é um dos vários governos que trabalha com parcerias de emprego entre gerações para garantir que trabalhadores jovens e idosos sejam beneficiados com as medidas para expandir o emprego, o que inclui a promoção da transferência de habilidades e conhecimentos de trabalhadores idosos a jovens, bem como a criação de empregos permanentes para jovens e manutenção de idosos no trabalho.
O “contrat de génération” (contrato de geração) da França, introduzido em 2013, é baseado na ideia de promover transferência de conhecimentos entre gerações dentro de firmas. O contrat de génération fornece € 4000,00 durante três anos a pequenas empresas (com menos de 50 funcionários) para firmar contratos permanentes com pessoas com menos de 26 anos, ao mesmo tempo em que mantêm um funcionário correspondente a partir de 57 anos no trabalho ou contra um trabalhador com mais de 55 anos. Empresas de médio porte têm direito à quantia global apenas se tiverem negociado um plano de ação. Grandes empresas (com mais de 300 funcionários) não têm direito a nenhum subsídio, porém possuem uma obrigação de negociar um acordo coletivo no contexto do contrat de génération e elaborar um plano de ação para evitar uma multa (consulte mais informações em: http://travail-emploi.gouv.fr/contrat-de-generation,2232/ ).
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Comunidademais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas na França passam 1 minuto por dia realizando atividades de voluntariado, menos do que a média da OCDE, de 4 minutos por dia. Cerca de 30% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, uma das marcas mais baixas da OCDE, cuja média é de 49%.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. Na França, 91% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, mais do que a média da OCDE, de 89%. Há uma diferença de 3 pontos percentuais entre homens e mulheres, pois 89% dos homens acreditam ter este tipo deamparo social, comparado com 92% das mulheres. Também há diferença na disponibilidade do amparo social, dependendo do nível educacional da população.Na França, cerca de 88% das pessoas que concluíram o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 93% das pessoas que concluíram o ensino superior.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Educaçãomais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho. Na França, 72% dos adultos entre 25 e 64 anos possuem o equivalente ao diploma de ensino médio, próximo à média da OCDE de 75%. Essa taxa inclui um pouco mais homens do que mulheres, pois 73% dos homens concluíram o ensino médio comparado a 71% das mulheres. Essa diferença de dois pontos percentuais é mais alta que a média da OCDE de um ponto percentual. Entre os jovens - um melhor indicador do futuro da França - 83% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio, mais que a média da OCDE de 82%.
Os franceses podem esperar estudar por 16,5 anos entre os 5 e 39 anos de idade, menos que a média da OCDE de 17,7 anos. Este nível de expectativa de escolaridade pode influenciar o futuro desempenho da França no que diz respeito ao grau de instrução de sua população de 25 a 34 anos de idade.
Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno mediano na França obteve pontuação de 499 em leitura, matemática e ciências, discretamente mais alto que a média da OCDE de 497. Em média, as meninas superaram os meninos em 15 pontos, mais que a média da OCDE de 10 pontos.
Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. Na França, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 129 pontos, muitomais que a média da OCDE de 96 pontos e uma das maiores diferenças entre os países da OCDE.Isso sugere que o sistema educacional da França não fornece acesso igualitário à educação de alta qualidade.
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Meio ambientemais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde. Ter acesso a áreas verdes, por exemplo, é essencial para a qualidade de vida. Um meio ambiente intocado é fonte de satisfação, melhora o bem-estar mental, permite que as pessoas se recuperem do estresse do dia a dia e façam atividade física. Na França, 9% das pessoas sentem que lhes falta acesso a espaços verdes, menos que a média de 12% dos países europeus da OCDE.
A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na França, os níveis de PM10 são de 11,9 microgramas por metro cúbico, muito abaixo da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e muito abaixo do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na França, 85% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, acima da média da OCDE de 84%.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Vivendo sustentavelmente
A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável da França está alicerçada em nove desafios estratégicos, como produção e consumo sustentável, transporte sustentável, mudança climática e energia. Cada um deles possui uma série de indicadores quantitativos para mensurar o progresso. Nos segmentos de construção e energia, por exemplo, a meta é alcançar 23% da energia renovável até 2020 e reduzir as emissões de gases-estufa a um quarto dos níveis atuais até 2050. Algumas medidas para alcançar essa meta são o investimento na modernização do aquecimento em prédios antigos (cerca de € 185 bilhões) e novas normas para novos prédios (€ 15 bilhões).
A ecoinovação também pode ser facilitada pelo desenvolvimento de centros regionais ecológicos. Na região de Ródano-Alpes, investimentos regionais e nacionais em Pesquisa e Desenvolvimento foram úteis para desenvolver o centro de competitividade Tenerrdis, que promove a colaboração científica para desenvolver tecnologias limpas aplicadas à construção, transporte e a produção energética.
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Engajamento cívicomais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. Na França, 40% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, um pouco acima da média da OCDE, de 39%. A alta participação eleitoral é outra medida de confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral na França foi de 80% dos eleitores cadastrados. Este número é superior à média da OCDE, de 72%.
Embora o direito a voto seja universal em todos os países da OCDE, nem todos exercem esse direito. Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Todavia, na França, a participação eleitoral de homens supera a de mulheres em estimados 10 pontos percentuais. A renda exerce forte influência sobre a participação eleitoral. Na França, a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população é estimada em 89%, enquanto que a participação eleitoral para os 20% menos favorecidos é estimada em 79%. Essa diferença de 10 pontos percentuais fica um pouco abaixo da diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. Na França, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito, online, por telefone ou pessoalmente – o que facilita intensamente o processo de FOI. Entretanto, não existem disposições sobre anonimato ou proteção contra retaliação.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Saúdemais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. A expectativa de vida na França ao nascer é de 82 anos, dois anos a mais que a média da OCDE de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 86 anos comparado a 79 dos homens, próximo à diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representa11,6% do PIB da França ou mais de dois pontos percentuais acima da média de 9,4% da OCDE. Este número coloca a França em terceiro lugar em termos de gasto com saúde com relação ao PIB, sendo que apenas os Estados Unidos (17,7%) e a Holanda (11,9%) gastam mais. A França também está acima da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 4.118 em 2011 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2010, o gasto total com saúde na França aumentou, em termos reais, 2,5% por ano em média, uma taxa de crescimento discretamente menor que a média da OCDE de 4,0%. Esta taxa de crescimento foi reduzida para 1,3% por ano entre 2009 e 2011.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser dois fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. Na França, a proporção de adultos que fumam diariamente diminuiu de 30% em 1980 para 23,3% atualmente, mas continua mais alta que a média da OCDE de 20,9%. Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. Na França, a taxa de obesidade com base na altura e no peso relatados pelos próprios indivíduos é de 12,9%, bem abaixo da média da OCDE de 17,2%, porém com aumento contínuo. O aumento na prevalência da obesidade anuncia aumento na ocorrência de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e asma, além de custos mais altos com assistência médica no futuro.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 68% das pessoas na França disseram que a saúde estava boa, perto da média da OCDE de 69%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. Na França, a média é 71% para homens e 64% para mulheres.De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda. Cerca de 74% dos adultos com renda líquida nos 20% superiores na França classificam sua saúde como “boa” ou “muito boa”, comparado a cerca de 61% dos adultos com renda líquida nos 20% inferiores.
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Satisfação pessoalmais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os franceses lhe atribuíram uma nota 6,7, ligeiramente acima da média da OCDE de 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. Essa afirmação vale para a França, em que os homens atribuíram a sua vida uma nota 6,6 e as mulheres, 6,7. Os níveis de escolaridade, entretanto, influenciam o bem-estar subjetivo. Enquanto pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental na França possuem um nível de satisfação com a vida de 6,1, essa pontuação alcança 7,2 para pessoas com ensino superior.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também são definidos pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. Na França, 79% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é ligeiramente superior à média da OCDE de 76%.
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Segurançamais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. Na França, aproximadamente 5,0% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, acima da média da OCDE de 3,9%. Há uma diferença de mais de 1 ponto percentual entre homens e mulheres nas taxas de agressão, que são, respectivamente, de 5,6% e 4,4%.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios da França é de 0,8, abaixo da média da OCDE de 4,1. Na França, a taxa de homicídios de homens é de 1,0 ante 0,5 para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. Na França, 67% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, ligeiramente abaixo da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Vida/Trabalhomais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Os franceses passam 143 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, maior que a média da OCDE de 141 minutos, porém o tempo ainda é menor em relação às francesas que passam 233 minutos por dia em média realizando trabalhos domésticos.
Outro aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. Na França, as pessoas trabalham 1.479 horas por ano, muito menor que a média da OCDE de 1.765 horas. Por outro lado, outra mensuração importante é saber quantas pessoas trabalham durante horas muito longas. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. Quase 9% doscolaboradores franceses trabalham durante horas muito longas, de acordo com a média da OCDE. Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados: 12% trabalham durante horas muito longas, enquanto 5% das mulheres o fazem.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. Na França, os colaboradores que atuam em tempo integral dedicam 64% do dia em média (ou 15.3 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) – um pouco maior que a média da OCDE de 15 horas. As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer. Os franceses dedicam quase 16 horas por dia ao lazer e cuidados pessoais e, as francesas, em torno de 15 horas por dia.
Melhores Políticas para Viver Melhor
Pode-se atingir maior igualdade entre os sexos na França
A França apresenta bom desempenho em várias dimensões importantes do equilíbrio vida-trabalho: a fertilidade está acima da média da OCDE; a taxa de empregabilidade das mulheres de 25 a 54 anos está acima da média da OCDE e 80% trabalham em tempo integral; e, apesar do recente aumento discreto, a pobreza infantil abrange 11% das crianças de 0 a 17 anos e está abaixo da média da OCDE (13,3%). Esses resultados positivos andam lado a lado com o alto investimento em politicas voltadas à família nos diferentes estágios da infância.
Não obstante os resultados, o acesso ao mercado de trabalho das mães de famílias jovens ou grandes poderia ser melhorado, mas talvez exigiria uma proporção mais equilibrada entre os pais das atividades de prestação de cuidados aos filhos. O grande envolvimento dos pais nessas atividades depois do nascimento do filho tende a facilitar o retorno das mães ao trabalho. Porém, os pais agora não estão estimulados a tirar a licença parental além dos 10 dias da licença paternidade remunerada. Os benefícios e deduções fiscais ajudam os lares a arcar com os custos de famílias grandes, que ainda podem estar perto ou abaixo do limite de pobreza quando um dos pais não trabalha ou está de licença parental. Na França, os pais com dois ou mais filhos podem deixar o emprego ou diminuir o tempo de trabalho depois do nascimento do filho e receber um benefício fixo de assistência à criança por até três anos. As mulheres que obtêm poucos ganhos e cujas horas de trabalho tornam difícil cuidar dos filhos tendem a parar de trabalhar completamente durante três anos e receber o benefício integral.