Itália
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 60.3 | mil. |
Visitantes por ano | 73.2 | mil. |
Energia renovável | 9.70 | % |
Como vai a vida?
A Itália tem um bom desempenho em muitas medidas de bem estar, comprovado pelo fato de estar classificada próxima da média em muitos tópicos do Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. Na Itália, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 24.724 por ano, superior à média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Mas há uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres –os 20% mais favorecidos da população ganham quase seis vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, 58% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos na Itália têm emprego remunerado, abaixo da média de empregos da OCDE, de 65%. Aproximadamente 68% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 48% das mulheres. Isto sugere que as mulheres enfrentam dificuldades em conciliar o trabalho e a vida familiar. Na Itália, as pessoas trabalham 1.752 horas por ano, menos do que a média da OCDE, de 1.765 horas por ano. Todavia, outra medida importante, é quantas pessoas trabalham horas extras. Quase 4% dos empregados trabalham horas extras, abaixo da média da OCDE, de 9%, sendo que 5% dos homens trabalham horas extras, comparado a apenas 2% das mulheres.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. Na Itália, 56% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos obtiveram o equivalente a um diploma de ensino médio, abaixo da média da OCDE, de 75%. Há pouca diferença entre homens e mulheres, pois 55% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 57% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 489 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE, abaixo da média da OCDE, de 497. Em média, na Itália, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 7 pontos, menos do que a diferença média da OCDE, de 10 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, na Itália, é de quase 83 anos, três anos a mais do que a média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 85 anos, comparada a 80 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 20,6 microgramas por metro cúbico, um pouco acima da média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. A Itália poderia apresentar desempenho melhor em termos de qualidade da água, pois 80% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, comparado à média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário e altos níveis de participação cívica na Itália, onde 91% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, mais do que a média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 75% durante as últimas eleições; acima da média da OCDE, de 72%. O status social e econômico pode afetar a participação eleitoral; a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população está estimada em 85% e para os 20% menos favorecidos da população está estimada em 73%, uma diferença um pouco maior do que a diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais.
De maneira geral, os italianos estão menos satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 75% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é um pouco inferior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
Itália em detalhes
Moradia - Itália mais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias italianas gastam em média 23% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, acima da média da OCDE de 21%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. Na Itália, 92% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia, maior que a média da OCDE de 87%. Esse nível alto de satisfação subjetiva reflete o bom desempenho do país nos indicadores objetivos de moradia.
O número de cômodos de uma casa, dividido pelo número de pessoas que moram ali, indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é sempre um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. Na Itália, as casas dispõem de 1,4 cômodos em média por pessoa, menor que a média da OCDE de 1,6 cômodos por pessoa. Em termos de instalações básicas, 99,5% dos italianos vivem em moradias com acesso particular ao banheiro, maior que a média da OCDE de 97,9%.
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Indicadores
Renda - Itália mais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. Na Itália, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 24.724,00 por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. Na Itália, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é estimada em US$ 54.147,00, maior que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Apesar do crescimento geral dos padrões de vida dos países da OCDE ao longo dos últimos quinze anos, nem todas as pessoas se beneficiaram nesse sentido. Na Itália, a média da renda líquida ajustada disponível dos 20% da população de classe alta é estimada em US$ 48.444,00 por ano, enquanto os 20% da população de classe baixa vivem com uma estimativa de US$ 8.616,00 por ano.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Melhores Políticas para Viver Melhor
Reduzindo as desigualdades de rendas de aposentadorias
A Itália é uma das sociedades que envelhecem mais rapidamente no mundo. Uma abrangente reforma previdenciária adotada em dezembro de 2011 tornou o método de aposentadoria mais neutro em relação a homens e mulheres, diminuiu as diferenças entre o setor público e privado e transferiu os trabalhadores para o sistema em que as rendas de aposentadorias dependem somente das suas contribuições. Além disso, o novo esquema aumenta a idade de aposentadoria para 66 anos para todos os trabalhadores em 2018 e, 67 anos, em 2021. Essas mudanças ajudarão a expandir os custos com o envelhecimento de forma mais ampla e justa para diferentes partes da população.
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Empregos - Itália mais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Na Itália, quase 58% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é muito inferior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; na Itália, uma estimativa de 77% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 44% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 33 pontos percentuais está dentro da média da OCDE e sugere que o mercado de trabalho na Itália é relativamente inclusivo.
As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. Na Itália, 48% das mulheres possuem empregos. Esse percentual é muito inferior à média da OCDE de 57% e muito inferior à taxa de emprego de homens de 68% na Itália. Essa diferença de 20 pontos percentuais é superior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que as oportunidades de emprego para mulheres poderiam ser melhoradas.
Os jovens italianos, com idades entre 15 e 24 anos, também estão enfrentando dificuldades, com uma taxa de desemprego de 35,3% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Na Itália, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de quase 5,8%, superior à média da OCDE de 2,7%. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo. Na Itália, entretanto, a diferença é relativamente alta com uma taxa de desemprego de 5,1% para homens e 6,5% para mulheres.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Na Itália, as pessoas recebem US$ 33.571,00 por ano em média, abaixo da média da OCDE de US$ 41.010,00. Nem todos recebem esse valor, entretanto. Considerando que a camada superior de 20% da população recebe uma estimativa de US$ 40.110,00 por ano, a camada inferior de 20% vive com uma estimativa de US$ 24.018,00 por ano.
Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. Na Itália, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 5,5% de perderem seus empregos, ligeiramente acima da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Comunidade - Itália mais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas na Itália passam 2 minutos por dia realizando atividades de voluntariado, menos do que a média da OCDE, de 4 minutos por dia. Cerca de 47% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, menos do que a média da OCDE, de 49%.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. Na Itália, 91% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, mais do que a média da OCDE, de 89%. Há uma pequena diferença entre homens e mulheres, pois 91% dos homens acreditam ter este tipo de amparo social, comparado com 92% das mulheres. Embora o gênero não tenha muito impacto sobre a rede de amparo social, há uma clara relação entre a disponibilidade do amparo social, por um lado, e o nível educacional da população, por outro. Na Itália, 89% das pessoas que concluíram o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 93% das pessoas que concluíram o ensino superior.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade - Itália mais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho. Na Itália, 56% dos adultos entre 25 e 64 anos possuem o equivalente ao diploma de ensino médio, muito menos que a média da OCDE de 75%. Em toda a OCDE, um pouco mais de homens com idade entre 25 e 64 possuem o equivalente a um diploma de ensino médio comparado às mulheres da mesma faixa etária. Entretanto, na Itália, 57% das mulheres concluíram o ensino médio comparado a 55% dos homens. Entre os jovens - um melhor indicador do futuro da Itália - 71% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio, menos que a média da OCDE de 82%.
Os italianos podem esperar estudar por 17 anos entre os 5 e 39 anos de idade, menos que a média da OCDE de 17,7 anos. Este nível de expectativa de escolaridade pode influenciar o futuro desempenho da Itália no que diz respeito ao grau de instrução de sua população de 25 a 34 anos de idade.
Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno mediano na Itália obteve pontuação de 489 em leitura, matemática e ciências, menos que a média da OCDE de 497. Em média, as meninas superaram os meninos em 7 pontos, menos que a média da OCDE de 10 pontos.
Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. Na Itália, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 83 pontos, menor que a média da OCDE de 96 pontos.Isso sugere que o sistema educacional da Itália fornece acesso relativamente igualitário à educação de alta qualidade.
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Meio-ambiente - Itália mais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde. Ter acesso a áreas verdes, por exemplo, é essencial para a qualidade de vida. Um meio ambiente intocado é fonte de satisfação, melhora o bem-estar mental, permite que as pessoas se recuperem do estresse do dia a dia e façam atividade física. Na Itália, 17% das pessoas sentem que lhes falta acesso a áreas recreativas ou a espaços verdes, mais que a média de 12% dos países europeus da OCDE.
A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. Na Itália, os níveis de PM10 são de 20,6 microgramas por metro cúbico, ligeiramente acima da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. Na Itália, 80% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, abaixo da média da OCDE de 84%.
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Engajamento Cívico - Itália mais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. Na Itália, 15% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, muito abaixo da média da OCDE, de 39% e uma das taxas mais baixas na OCDE. A alta participação eleitoral é outra medida de confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral na Itália foi de 75% dos eleitores cadastrados. Este número é superior à média da OCDE, de 72%.
Embora o direito a voto seja universal em todos os países da OCDE, nem todos exercem esse direito. Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Isto se verifica na Itália, onde a participação eleitoral é semelhante entre os homens e mulheres, estimada, respectivamente, em 77% e 73%. Embora na média haja poucas diferenças entre homens e mulheres com relação à participação nas eleições, a renda exerce forte influência sobre a participação eleitoral. Na Itália, a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população é estimada em 85%, enquanto que a participação eleitoral para os 20% menos favorecidos é estimada em 73%. Esta diferença de 12 pontos percentuais é um pouco superior à diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. Na Itália, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito, online, por telefone ou pessoalmente – o que facilita intensamente o processo de FOI. Entretanto, não existem disposições sobre anonimato ou proteção contra retaliação.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Saúde - Itália mais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. A Itália possui uma das expectativas de vida mais altas entre os países da OCDE, de quase 83 anos, três anos a mais que a média da OCDE de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 85 anos comparado a 80 dos homens, uma diferença discretamente menor que a diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representa9,2% do PIB da Itália, discretamente menor que a média de 9,4% da OCDE. A Itália também está abaixo da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 3.012 em 2011 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2011, o gasto total com saúde na Itália aumentou, em termos reais, 1,8% por ano em média, uma taxa de crescimento menor que a média da OCDE de 4,0%. Esta taxa de crescimento caiu -1,6% em 2011.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser dois fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. A Itália atingiu certo progresso em reduzir o consumo de tabaco, comtaxa atual de fumantes adultos diários de 22,5%, contra 27,8% em 1990. A taxa de fumantes na Itália ainda está acima da média de 20,9% da OCDE. Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. Na Itália, a taxa de obesidade entre os adultos com base na altura e no peso relatados pelos próprios indivíduos é de 10,0%, mais baixa que a média da OCDE de 17,2%. A taxa de obesidade é baixa na Itália com relação à maioria dos países da OCDE, mas está muito alta entre as crianças. Uma a cada três crianças está acima do peso, uma das taxas mais altas na OCDE. O aumento na prevalência da obesidade anuncia aumento na ocorrência de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e asma, além de custos mais altos com assistência médica no futuro.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 65% das pessoas na Itália disseram que a saúde estava boa, mais alto que a média da OCDE de 69%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. Na Itália, a média é 68% para homens e 62% para mulheres. De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda. Cerca de 75% dos adultos com renda líquida nos 20% superiores na Itália classificam sua saúde como “boa” ou “muito boa”, comparado a cerca de 60% dos adultos com renda líquida nos 20% inferiores.
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Satisfação pessoal - Itália mais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os italianos lhe atribuíram uma nota 6,0, inferior à média da OCDE de 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. Na Itália, entretanto, os homens informaram estar um pouco mais felizes que as mulheres, atribuindo a suas vidas uma nota 6,2, em comparação com 5,9 para as mulheres. Os níveis de escolaridade de fato influenciam também o bem-estar subjetivo. Enquanto pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental na Itália possuem um nível de satisfação com a vida de 5,7, essa pontuação alcança 6,4 para pessoas com ensino superior.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também é medido(a) pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. Na Itália, 75% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é ligeiramente inferior à média da OCDE de 76%.
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Segurança - Itália mais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. Na Itália, 4,7% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, acima da média da OCDE de 3,9%. Há uma diferença de mais de 1 ponto percentual entre homens e mulheres nas taxas de agressão, que são, respectivamente, de 5,4% e 4,1%.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios da Itália é de 0,7, muito abaixo da média da OCDE de 4,1. Na Itália, a taxa de homicídios de homens é de 1,1 ante 0,4 para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. Na Itália, 62% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, abaixo da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Equilíbrio vida-trabalho - Itália mais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Os italianos passam 110 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, menor que a média da OCDE de 141 minutos e menos de 1/3 da metade do tempo usado pelas italianas, que passam 290 minutos por dia em média realizando trabalhos domésticos, uma das diferenças mais expressivas da OCDE.
Outro aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. Na Itália, as pessoas trabalham 1.752 horas por ano, em torno da média da OCDE de 1.765 horas. Por outro lado, outra mensuração importante é saber quantas pessoas trabalham durante horas muito longas. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. Quase 4% dos colaboradores italianos trabalham durante horas muito longas, menor que a média da OCDE de 9%. Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados: 5% trabalham durante horas muito longas, enquanto 2% das mulheres o fazem.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. Na Itália, os colaboradores que atuam em tempo integral dedicam 62% do dia em média (ou 15 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) – de acordo com a média da OCDE. As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer. Os italianos dedicam quase 15 horas por dia ao lazer e cuidados pessoais e, as italianas, por volta de 14 horas por dia.
Melhores Políticas para Viver Melhor
Apoio para combinar trabalho e educação infantil na Itália
A Itália fica atrás das médias da OCDE em três indicadores principais de família: taxas de empregabilidade das mulheres, taxas de fertilidade e pobreza infantil. Em comparação a muitos outros países da OCDE, as italianas acham difícil conciliar maternidade e emprego remunerado. Na verdade, elas sempre têm de escolher entre trabalhar e ter filhos; o resultado se traduz em poucas crianças e baixas taxas de empregabilidade das mulheres: 48% em relação à média da OCDE de 57%.
As taxas de fertilidade caíram drasticamente ao longo dos anos 70 e se estabilizaram em torno de 1,4 filhos por mulher a partir dos meados dos anos 80. Buscando seguir a carreira profissional em primeiro lugar, as gerações mais jovens sempre adiam a gravidez e, assim, aumentam a probabilidade de não ter filhos. Quase 24% das italianas nascidas em 1965 permaneceram sem filhos, em relação a apenas 10% das francesas de mesma idade. O país gasta por volta de 1,6% do PIB no tocante às famílias que têm filhos, o que está abaixo dos 2,6% investido em média nas famílias pertencentes à OCDE. Os pais que possuem colocação no mercado podem tirar até 11 meses de licença parental, incluindo 5 meses de licença maternidade sempre quitada de forma integral, mas as taxas de pagamento para o restante do período da licença parental são baixas. Embora 98% das crianças de 3 a 5 anos frequentem a escola (Scuola dell’Infanza), somente em torno de 24% de todas as crianças abaixo de 3 anos participam de creches formais.
A flexibilidade do horário de trabalho desempenha um papel limitado em ajudar os pais a conciliar o trabalho e o cuidado com os filhos. Entretanto, menos de 50% das empresas com 10 ou mais funcionários oferecem opções flexíveis de horário de trabalho e 60% dos funcionários não controlam os horários de trabalho. Quando os pais enfrentam o fato de haver acesso limitado às creches extraescolares, é difícil para eles trabalharem em tempo integral. As políticas de cuidados com as crianças e as práticas no local de trabalho que reduzem as barreiras à empregabilidade das mães podem ser, portanto, fortalecidas para atingir melhores resultados em termos de trabalho e família.