Japão
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 127.5 | mil. |
Visitantes por ano | 8.6 | mil. |
Energia renovável | 3.42 | % |
Como vai a vida?
O Japão tem um bom desempenho em muitas medidas de bem estar, comprovado pelo fato de estar classificada próxima ou acima da média em muitos tópicos do Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. No Japão, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 25.066 por ano, superior à média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Mas há uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres –os 20% mais favorecidos da população ganham acima de seis vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, 71% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos no Japão têm emprego remunerado, acima da média de empregos da OCDE, de 65%. Aproximadamente 80% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 61% das mulheres, sugerindo que as mulheres enfrentam dificuldades em conciliar o trabalho e a vida familiar. No Japão, as pessoas trabalham 1.745 horas por ano, menos do que a média da OCDE, de 1.765 horas por ano.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. O Japão é um país de desempenho superior em termos da qualidade de seu sistema educacional. O aluno médio obteve pontuação de 538 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE. Esta pontuação é muito superior à da OCDE, de 497, o que torna o Japão o país mais forte da OCDE em termos de habilidades estudantis. Embora as meninas superem o desempenho dos meninos em muitos países da OCDE, no Japão os meninos e meninas têm desempenho igual. Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, no Japão, é de quase 83 anos, três anos a mais do que a média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 86 anos, comparada a 79 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 24,1 microgramas por metro cúbico, acima da média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. O Japão apresenta desempenho melhor em termos de qualidade da água, pois 86% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, comparado à média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um forte senso comunitário e níveis moderados de participação cívica no Japão, onde 90% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, um pouco mais do que a média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 59% durante as últimas eleições; abaixo da média da OCDE, de 72%. Não há diferença nos níveis eleitorais na sociedade como um todo; a participação eleitoral é a mesma para os 20% mais favorecidos da população e para os 20% menos favorecidos da população, sugerindo que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do Japão.
De maneira geral, os japoneses estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 86% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
Japão em detalhes
Moradia - Japão mais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias japonesas gastam em média 22% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, um pouco acima da média da OCDE de 21%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. No Japão, 77% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia, menor que a média da OCDE de 87%. Esse nível baixo de satisfação subjetiva reflete o desempenho misto do país nos indicadores objetivos de moradia.
O número de cômodos de uma casa, dividido pelo número de pessoas que moram ali, indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é sempre um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. No Japão, as casas dispõem de 1,8 cômodos em média por pessoa, maior que a média da OCDE de 1,6 cômodos por pessoa. Em termos de instalações básicas, 93,6% dos japoneses vivem em moradias com acesso particular ao banheiro, menor que a média da OCDE de 97,9%.
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Indicadores
Renda - Japão mais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. No Japão, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 25.066,00 por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. No Japão, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é estimada em US$ 85.309,00, muito maior que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Apesar do crescimento geral dos padrões de vida dos países da OCDE ao longo dos últimos quinze anos, nem todas as pessoas se beneficiaram nesse sentido. No Japão, a média da renda líquida ajustada disponível dos 20% da população de classe alta é estimada em US$ 50.150,00 por ano, enquanto os 20% da população de classe baixa vivem com uma estimativa de US$ 8.105,00 por ano.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Empregos - Japão mais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. No Japão, mais de 71% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é superior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; no Japão, uma estimativa de 81% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 69% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 12 pontos percentuais é muito inferior à média da OCDE de 33 pontos percentuais e sugere que o mercado de trabalho no Japão é relativamente inclusivo.
As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. No Japão, 61% das mulheres possuem empregos. Esse percentual é superior à média da OCDE de 57% mas muito inferior à taxa de emprego de homens de 80% no Japão. Essa diferença de 19 pontos percentuais entre gêneros é superior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que oportunidades de emprego para mulheres poderiam ser melhoradas.
Os jovens com idades entre 15 e 24 anos no Japão enfrentam uma taxa de desemprego de 7,9% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. No Japão, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de quase 1,7%, inferior à média da OCDE de 2,7%. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo. No Japão, entretanto, a diferença é relativamente alta com uma taxa de desemprego de 2,1% para homens e 1,1% para mulheres.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. No Japão, as pessoas recebem US$ 36.039,00 por ano em média, abaixo da média da OCDE de US$ 41.010,00. Nem todos recebem esse valor, entretanto. Considerando que a camada superior de 20% da população recebe uma estimativa de US$ 46.311,00 por ano, a camada inferior de 20% vive com uma estimativa de US$ 22.718,00 por ano.
Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. No Japão, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 2,9% de perderem seus empregos, abaixo da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Comunidade - Japão mais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas no Japão passam 4 minutos por dia realizando atividades de voluntariado, em linha com a média da OCDE. Cerca de 25% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, a menor taxa na OCDE, cuja média é de 49%.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. No Japão, 90% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, um pouco acima da média da OCDE, de 89%. Não há diferença entre homens e mulheres. Embora o gênero não tenha muito impacto sobre a rede de amparo social, há uma clara relação entre a disponibilidade do amparo social, por um lado, e o nível educacional da população, por outro. No Japão, 86% das pessoas que concluíram o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 93% das pessoas que concluíram o ensino superior.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade - Japão mais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Os japoneses podem esperar estudar por 16,2 anos entre os 5 e 39 anos de idade, menos que a média da OCDE de 17,7 anos. Este nível de expectativa de escolaridade pode influenciar o futuro desempenho do Japão no que diz respeito ao grau de instrução de sua população de 25 a 34 anos de idade.
O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O Japão é um país da OCDE de ótimo desempenho em leitura, matemática e ciências, sendo que o aluno mediano obteve pontuação de 538. Essa pontuação é mais alta que a média da OCDE de 497, fazendo do Japão um dos países da OCDE mais fortes em habilidades dos alunos. Embora as meninas tenham se saído melhor que os meninos em muitos países da OCDE, no Japão, os meninos e as meninas tiverem o mesmo desempenho. Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. No Japão, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 76 pontos, menor que a média da OCDE de 96 pontos.Isso sugere que o sistema educacional do Japão fornece acesso relativamente igualitário à educação de alta qualidade.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
O Japão está no topo, ou quase no topo, das classificações internacionais sobre educação. Seu sucesso pode ser atribuído a ótimos professores, excelente apoio da família aos alunos em casa, direcionamento de recursos à instrução e altos incentivos para alunos que realizam cursos difíceis e que se esforçam na escola. O sistema de educação do Japão também se baseia no grande comprometimento às crianças, caracterizado por solidez e persistência.
Grande Foco na Qualidade
As turmas no Japão são heterogêneas e grandes (mais de 35 alunos em média) e nenhum aluno é retido ou promovido devido às suas habilidades. Adicionalmente, todos devem dominar o mesmo currículo de alta exigência. Esta é uma fórmula poderosa para igualdade em termos de rendimento. O que é especialmente impressionante nessa abordagem é que o rendimento esperado não é estabelecido no denominador comum mais baixo, mas no mais alto dos possíveis níveis de rendimento em todo o mundo.
Há uma crença muito forte no Japão de que essas políticas são as melhores para a maioria, e os resultados demonstram isso. O sistema funciona de forma que os alunos de alto rendimento conseguem ajudar os alunos de baixo rendimento no grupo, na sala de aula e na escola. A literatura de pesquisa demonstra que todos os alunos são beneficiados por essa abordagem porque os alunos que ensinam e atuam como monitores aprendem tanto quanto, ou quase tanto quanto, no processo de monitoria que os alunos que estão recebendo ajuda. Essa abordagem é consistente com os valores japoneses e contribui enormemente para o alto nível geral de rendimento dos estudantes deste país.
Adicionalmente, os professores e os diretores japoneses são normalmente realocados a diferentes escolas pelas prefeituras. Isso é feito, entre outras razões, para garantir que a distribuição dos professores mais capazes entre as escolas seja justa e igualitária.
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Meio-ambiente - Japão mais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. No Japão, os níveis de PM10 são de 24,1 microgramas por metro cúbico, acima da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. No Japão, 86% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, ligeiramente acima da média da OCDE de 84%.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Quando ecologia significa empregos
O primeiro Eco Town [município ecológico] do Japão na cidade de Kitakyushu cresceu e criou mais de 1400 empregos em atividades de reciclagem e energia a partir de resíduos. As atividades de reciclagem variam de garrafas plásticas, automóveis e aparelhos domésticos eletrônicos até resíduos mistos de construção, lâmpadas fluorescentes e equipamentos de escritório. Em março de 2012, os investimentos totais (públicos e privados) no Eco-Town, desde sua criação em 1991, totalizaram JPY 66,8 bilhões.
O conceito básico do Eco-Town agora está sendo expandido para toda a Cidade de Kitakyushu. Certos aspectos do Eco-Town oferecem uma oportunidade de expansão a uma escala maior, inclusive seu tamanho físico (isto é, considerando a cidade toda como um complexo Ecoindustrial), reciclando resíduos industriais locais e reaproveitando subprodutos da indústria como aquecimento para o uso comercial e residencial.
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Engajamento Cívico - Japão mais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. No Japão, 17% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, muito abaixo da média da OCDE, de 39%. A alta participação eleitoral é outra medida de confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral no Japão foi de 59% dos eleitores cadastrados. Este número é inferior à média da OCDE, de 72%.
Embora o direito a voto seja universal em todos os países da OCDE, nem todos exercem esse direito. Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Isto se verifica no Japão, onde a participação eleitoral é semelhante entre os homens e mulheres, estimada, respectivamente, em 60% e 59%. Embora na média haja poucas diferenças entre homens e mulheres com relação à participação nas eleições, a renda exerce forte influência sobre a participação eleitoral. No Japão, todavia, a participação eleitoral dos 20% mais favorecidos da população e dos 20% menos favorecidos é a mesma. Isto sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do Japão.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. No Japão, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito – mas isso ainda não é possível online, pessoalmente ou por telefone. Ademais, não existem disposições sobre anonimato ou proteção contra retaliação.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Saúde - Japão mais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. O Japão possui uma das expectativas de vida mais altas entre os países da OCDE, de quase 83 anos, três anos a mais que a média da OCDE de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 86 anos comparado a 79 dos homens, uma diferença discretamente maior que a diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens. Os ganhos significativos em termos de longevidade no Japão foram fortemente impulsionados pela queda na taxa de óbito por doenças do sistema circulatório, que são, atualmente, as mais baixas em todos os países da OCDE, tanto para homens, quanto para mulheres.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representa9,6% do PIB do Japão, discretamente acima da média de 9,4% da OCDE. O Japão está abaixo da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 3.213 em 2010 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2009, o gasto total com saúde no Japão aumentou, em termos reais, 3,1% por ano em média, uma taxa de crescimento menor que a média da OCDE de 4,0%.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser dois fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. No Japão, 20,1% dos adultos disseram fumar todos os dias, comparado a uma média de 20,9% da OCDE. Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. Entretanto, com apenas 4,1% da população geral, o Japão possui a menor taxa de obesidade daOCDE, na qual a média é de 17,2%.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 30% das pessoas no Japão disseram que a saúde estava boa, muito abaixo da média da OCDE de 69%, e uma das pontuações mais baixas na OCDE. É necessário cautela ao realizar comparações entre países, pois a avaliação pode ser afetada por diferentes fatores, como base cultural. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. No Japão, a média é 32% para homens e 29% para mulheres.De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda. Cerca de 35% dos adultos com renda líquida nos 20% superiores no Japão classificam sua saúde como “boa” ou “muito boa”, comparado a cerca de 24% dos adultos com renda líquida nos 20% inferiores.
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Satisfação pessoal - Japão mais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os japoneses lhe atribuíram a uma nota 6,0, inferior à média da OCDE de 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. No Japão, entretanto, as mulheres informaram estar um pouco mais felizes que os homens, atribuindo a suas vidas uma nota 6,2, em comparação com 5,8 para os homens. Os níveis de escolaridade também influenciam o bem-estar subjetivo. Enquanto pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental no Japão possuem um nível de satisfação com a vida de 5,6, essa pontuação alcança 6,5 para pessoas com ensino superior.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também é medido(a) pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. No Japão, 86% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é muito superior à média da OCDE de 76% e torna Japão o país mais feliz da OCDE. A aparente discrepância entre esse percentual e a classificação de satisfação com a vida do Japão pode refletir diferenças culturais na comunicação da satisfação com a vida.
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Segurança - Japão mais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. No Japão, quase 1,4% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, muito menos que a média da OCDE de 3,9% e uma das menores taxas da OCDE. Há pouca diferença entre homens e mulheres nas taxas de agressão, que são, respectivamente, de 1,2% e 1,5%.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios do Japão é de 0,3, a menor taxa da OCDE, cuja taxa de homicídios média é de 4,1. No Japão, a taxa de homicídios é praticamente a mesma para homens e para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. No Japão, 77% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, acima da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Equilíbrio vida-trabalho - Japão mais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Os japoneses passam 62 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, uma das menores faixas da OCDE em que a média é de 141 minutos. As japonesas passam muito mais tempo – 299 minutos por dia em média (quatro vezes mais) – realizando trabalhos domésticos, em relação aos japoneses.
Outro aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. No Japão, as pessoas trabalham 1.745 horas por ano, em torno da média da OCDE de 1.765 horas.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. No Japão, os colaboradores que atuam em tempo integral dedicam 62% do dia em média (ou quase 14.9 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) – um pouco menor que a média da OCDE de 15 horas. As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer. Os japoneses e as japonesas dedicam em torno de 15 horas por dia ao lazer e cuidados pessoais.
Melhores Políticas para Viver Melhor
O Japão tem poucos bebês e menos empregos para as mulheres
Os pais acham difícil conciliar trabalho e família. As práticas no local de trabalho, os custos privados (moradia e juku) e as normas sociais pressionam os jovens, que, portanto, adiam o casamento e a maternidade/paternidade e sempre têm menos filhos do que se pretende.
Em 2011, apenas 6 países da OCDE tiveram poucos bebês por mulher do que o Japão. Com a taxa de fertilidade de 1,39, em relação à média da OCDE de 1,7, o Japão esteve entre os países de “pouquíssima” fertilidade. Houve uma pequena recuperação desde 2005, mas a população começou a diminuir.
A política social japonesa introduziu várias medidas para reduzir as barreiras à empregabilidade e parentalidade. Apesar destes esforços, as políticas, tais como o cuidado com os filhos, podem ser mais desenvolvidas. É preponderante aumentar a oferta de creches e diminuir os custos privados dos serviços extraescolares para promover a empregabilidade dos pais. O gasto público do país em creches e pré-escolas é o quarto menor entre os países da OCDE. As restrições às creches persistem e as taxas de matrícula das crianças abaixo de 3 anos (26%), embora crescentes, ainda estão abaixo da média da OCDE (33%)
As práticas no local de trabalho dificultam a conciliação do trabalho e família por parte dos pais. Depois do alto custo da educação, muitas japonesas instruídas querem primeiro se estabelecer profissionalmente antes de ter filhos. Além do mais, uma vez que deixem de trabalhar para cuidar dos filhos, elas sempre acabam assumindo empregos não regulares, que sempre são de meio período, temporários e mal remunerados. Os pais que desejam voltar a trabalhar precisam de melhores oportunidades para entrar de novo no mercado de trabalho; senão, aqueles que têm condições financeiras de ficar em casa entram de novo no mercado em vez de voltar para um emprego de má-qualidade. O resultado se traduz em poucos bebês e baixos níveis de empregabilidade das mulheres, no momento quando o Japão precisa de mais trabalhadoras a fim de substituir a população economicamente ativa de idosos.