México
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 106.7 | mil. |
Visitantes por ano | 22.6 | mil. |
Energia renovável | 9.52 | % |
Como vai a vida?
O México fez progresso impressionante na última década em termos de melhora na qualidade de vida de seus cidadãos, especialmente nas áreas da educação, saúde e empregos. Todavia, o México apresenta bom desempenho apenas em poucas medidas de bem estar e tem baixa classificação em muitos tópicos comparado à maioria dos outros países, no Índice para uma Vida Melhor.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. No México, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é de US$ 12.850 por ano, superior à média da OCDE, de US$ 23.938 por ano. Mas há uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres –os 20% mais favorecidos da população ganham quase treze vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, quase 61% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos no México têm emprego remunerado, abaixo da média de empregos da OCDE, de 65%. Aproximadamente 79% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 45% das mulheres. No México, as pessoas trabalham 2.226 horas por ano, mais do que a média da OCDE, de 1.765 horas por ano. Quase 29% dos empregados trabalham horas extras, muito acima da média da OCDE, de 9%, sendo que 35% dos homens trabalham horas extras, comparado a 18% das mulheres.
Ter uma boa educação é um requisito importante para conseguir um emprego. No México, 36% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos obtiveram o equivalente a um diploma de ensino médio, muito menos do que a média da OCDE, de 75% e uma das taxas mais baixas entre os países da OCDE. Isto se aplica um pouco mais aos homens do que às mulheres, pois 38% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 35% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 417 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE, abaixo da média da OCDE, de 497. Em média, no México, as meninas superaram o desempenho dos meninos em 3 pontos, menos do que a diferença média da OCDE, de 10 pontos.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, no México, é de quase 74 anos, seis anos a menos do que a média da OCDE, de 80 anos. A expectativa de vida das mulheres é de 77 anos, comparada a 71 anos para os homens. O nível de PM10 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 29,8 microgramas por metro cúbico, consideravelmente acima da média da OCDE, de 20,1 microgramas por metro cúbico. O México também apresenta baixo desempenho em termos de qualidade da água, pois 68% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, abaixo da média da OCDE, de 84%.
No que diz respeito à esfera pública, há um moderado senso comunitário e nível de participação cívica no México, onde 74% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, menos do que a média da OCDE, de 89%. A participação eleitoral, uma medida da confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político, foi de 63% durante as últimas eleições, inferior à média da OCDE, de 72%. O status social e econômico pode afetar a participação eleitoral; mas no México há pouca diferença na sociedade como um todo. A participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população está estimada em 63% e para os 20% menos favorecidos da população está estimada em 61%, sugerindo que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do México.
De maneira geral, os mexicanos estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 82% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE, de 76%.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados da BLI.
Quesitos
México em detalhes
Moradia - México mais
Principais Resultados
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de 04 paredes e 01 teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal e possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. As famílias mexicanas gastam em média 21% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, de acordo com a média da OCDE.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. No México, 83% dos habitantes dizem que estão satisfeitos com sua atual situação de moradia, menor que a média da OCDE de 87%. Esse nível baixo de satisfação subjetiva reflete o desempenho misto do país nos indicadores objetivos de moradia.
O número de cômodos de uma casa, dividido pelo número de pessoas que moram ali, indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é sempre um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. No México, as casas dispõem de 1 cômodo em média por pessoa, menor que a média da OCDE de 1,6 cômodos por pessoa e uma das menores faixas da OCDE. Em termos de instalações básicas, 95,8% dos mexicanos vivem em moradias com acesso particular ao banheiro, menor que a média da OCDE de 97,9%.
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Renda - México mais
Principais Resultados
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. No México, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 12.850,00 por ano, menor que a média da OCDE de US$ 23.938,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar. No México, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é muito menor que a média da OCDE de US$ 42.903,00. Embora mensurar teoricamente a riqueza familiar devesse incluir ativos não financeiros (por ex., terrenos e casas), esta informação está disponível no momento somente para poucos países da OCDE.
Apesar do crescimento geral dos padrões de vida dos países da OCDE ao longo dos últimos quinze anos, nem todas as pessoas se beneficiaram nesse sentido. No México, a média da renda líquida ajustada disponível dos 20% da população de classe alta é estimada em US$ 33.060,00 por ano, enquanto os 20% da população de classe baixa vivem com uma estimativa de US$ 2.594,00 por ano.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
Melhores Políticas para Viver Melhor
Expandindo os programas sociais para reduzir a pobreza
O México progrediu significativamente na diminuição da pobreza e da desigualdade ao longo dos últimos quinze anos. Além disso, os indicadores sociais continuam desaforáveis em termos de comparação internacional e a pobreza aumentou mais uma vez de novo durante a recessão.
Oportunidades é um programa de transferência monetária condicional bem-direcionada que ajuda os pobres a investirem em seu capital humano. No transcorrer do tempo, a abrangência aumentou e esse programa de sucesso auxiliou na melhoria das taxas de matrícula do ensino médio, beneficiando sobretudo as meninas. Ao possibilitar visitas mais regulares de médicos, Oportunidades também provocou o declínio da morbidade infantil e mortalidade materna. Entretanto, o programa ainda exclui famílias moderadamente pobres e muito vulneráveis. O volume das transferências monetárias é também muito pequeno para conseguir uma redistribuição substancial. Juntos, Oportunidades e Programa para Adultos Mayores, componente do Oportunidades para os idosos, totalizam apenas 13% da renda doméstica dos 20% mais pobres antes da recente expansão.
O fortalecimento expressivo da rede de segurança social custará caro. É, portanto, importante melhorar a eficiência do sistema atual ao diminuir a duplicação entre os inúmeros programas e avaliar a eficácia desses programas. Várias instituições, o governo federal e os estados gerenciam hoje mais de 1000 programas sociais no México. Precisa-se de mais coordenação entre essas administrações diferentes.
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Empregos - México mais
Principais Resultados
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. No México, cerca de 61% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é inferior à média de emprego da OCDE de 65%. As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade; no México, uma estimativa de 71% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 59% de indivíduos sem o ensino médio. Essa diferença de 12 pontos percentuais é muito inferior à diferença média da OCDE de 33 pontos percentuais e sugere que o mercado de trabalho no México é relativamente inclusivo.
As mulheres ainda estão menos propensas que os homens a participar do mercado de trabalho. No México, 45% das mulheres possuem empregos, o que é inferior à média da OCDE de 57% e muito inferior à taxa de emprego de homens de 79% no México. Essa diferença de 34 pontos percentuais entre gêneros é muito superior à média da OCDE de 16 pontos percentuais e sugere que oportunidades de emprego para mulheres poderiam ser melhoradas.
Os jovens com idades entre 15 e 24 anos no México enfrentam uma taxa de desemprego de 9,4% em comparação com a média da OCDE de 16,3%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. No México, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de 0,1%, muito inferior à média da OCDE de 2,7% e uma das menores taxas da OCDE. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo. No México, a taxa de desemprego de longo prazo para homens e mulheres é a mesma.
Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perda do emprego são mais vulneráveis, principalmente em países com menores redes de segurança social. No México, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 4,7% de perderem seus empregos, abaixo da média da OCDE de 5,3%.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Comunidade - México mais
Principais Descobertas
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem estar. Ajudar aos outros podem também torná-lo mais feliz. As pessoas que atuam como voluntárias tendem a estar mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não o fazem. O tempo dedicado ao voluntariado também contribui para estabelecer uma sociedade civil sadia. Em média, as pessoas no México passam 1 minuto por dia realizando atividades de voluntariado, menos do que a média da OCDE, de 4 minutos por dia. Cerca de 44% das pessoas relataram ter ajudado um desconhecido no último mês, menos do que a média da OCDE, de 49%.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. No México, 74% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, uma das taxas mais baixas na OCDE, cuja média é de 89%. Não há diferença entre homens e mulheres. Embora o gênero não tenha muito impacto sobre a rede de amparo social, há uma clara relação entre a disponibilidade do amparo social, por um lado, e o nível educacional da população, por outro. No México, 70% das pessoas que concluíram o ensino fundamental relataram ter alguém com quem contar em um momento de necessidade, comparado com 78% das pessoas que concluíram o ensino superior.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade - México mais
Principais Descobertas
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.
Com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho. No México, 36% dos adultos entre 25 e 64 anos possuem o equivalente ao diploma de ensino médio, muito menos que média da OCDE de 75% e uma das taxas mais baixas dos países da OCDE. Essa taxa inclui um pouco mais homens do que mulheres, pois 38% dos homens concluíram o ensino médio comparado a 35% das mulheres. Essa diferença de três pontos percentuais é discretamente mais alta que a média da OCDE de um ponto percentual. Entre os jovens - um melhor indicador do futuro do México - 44% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio, ainda abaixo da média da OCDE de 82%.
Os mexicanos podem esperar estudar por 15,2 anos entre os 5 e 39 anos de idade, menos que a média da OCDE de 17,7 anos e uma das taxas mais baixas na OCDE.
O sistema educacional do México cresceu rapidamente nos últimos cinquenta anos, de três milhões de alunos para mais de 30 milhões. Hoje, quase todas as crianças entre 5 e 14 anos estão na escola. Também houve progresso no que diz respeito a garantir que os jovens terminem a escola, com taxas que aumentaram de 33% em 2000 para 49% em 2011. Esse progresso foi alcançado apesar de orçamentos apertados e de uma população em idade escolar em rápido crescimento.
Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2012, o PISA direcionou seu foco a avaliar alunos no que diz respeito às habilidades de leitura, pois pesquisas demonstram que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno mediano no México obteve pontuação de 417 de 600 em leitura, matemática e ciências, muito menos que a média da OCDE de 497 e a taxa mais baixa na OCDE. Em média, no México, as meninas superaram os meninos em 3 pontos, menos que a média da OCDE de 10 pontos.
Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. No México, a diferença média em resultados, entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e os alunos das classes socioeconômicas mais baixas é de 70 pontos, menos que a média da OCDE de 96 pontos e uma das menores diferenças entre os países da OCDE.Isso sugere que o sistema educacional do México fornece acesso relativamente igualitário à educação de boa qualidade.
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Meio-ambiente - México mais
Principais Resultados
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e uso de queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior de curto prazo e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM10 – material particulado minúsculo pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. No México, os níveis de PM10 são de 29,8 microgramas por metro cúbico, muito acima da média da OCDE de 20,1 microgramas por metro cúbico e do limite anual de diretriz de 20 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial de Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. No México, apenas 68% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, muito abaixo da média da OCDE de 84%.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Reduzindo emissões atmosféricas
A qualidade do ar melhorou de forma geral na última década no México, porém, a poluição atmosférica ainda responde por três quartos dos custos de degradação ambiental, estimados aproximadamente em 5% do PIB em 2011. Algumas cidades mexicanas estão entre as cidades mais poluídas do mundo.
Na década passada, o México demonstrou um forte comprometimento com desafios de crescimento ecológico e estabeleceu metas ambiciosas de redução de emissões. Sua Lei Geral Sobre Mudança Climática tem por objetivo reduzir emissões de gases-estufa (GHG) em 30% sob um cenário de negócios como de costume até 2020 e em 50% até 2050 em relação ao nível de 2000, condicionada ao apoio financeiro internacional. A lei também estabelece uma nova meta para elevar o uso de eletricidade não oriunda de combustíveis fósseis dos atuais 20% para 35%.
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Engajamento Cívico - México mais
Principais Descobertas
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. No México, somente 40% dos cidadãos afirmam confiar em seu governo federal, um pouco acima da média da OCDE, de 39%. A alta participação eleitoral é outra medida de confiança pública no governo e da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral no México foi de 63% dos eleitores cadastrados. Este número é inferior à média da OCDE, de 72%.
Embora o direito a voto seja universal em todos os países da OCDE, nem todos exercem esse direito. Não há grande diferença na taxa de votos entre homens e mulheres na maioria dos países da OCDE. Isto se verifica no México, onde a participação eleitoral é semelhante entre os homens e mulheres, estimada, respectivamente, em 65% e 61%. Embora na média haja poucas diferenças entre homens e mulheres com relação à participação nas eleições, a renda exerce forte influência sobre a participação eleitoral. Todavia, no México a diferença é pequena, pois a participação eleitoral para os 20% mais favorecidos da população é estimada em 63%, comparada com a estimativa de 61% para os 20% menos favorecidos. Essa diferença de 2 pontos percentuais fica muito abaixo da diferença média da OCDE, de 11 pontos percentuais, e sugere que há ampla inclusão social nas instituições democráticas do México.
Para manter a confiança no governo, é essencial certificar-se de que a tomada de decisões governamentais não seja comprometida por conflitos de interesses. Dessa forma, a transparência é essencial para manter o governo responsabilizado e manter a confiança nas instituições públicas.
As Leis sobre Liberdade de Informação (FOI) concedem aos cidadãos a possibilidade de acessar informações não divulgadas. Para o sucesso dessas políticas, o público em geral deve ter compreensão clara sobre seus direitos estabelecidos em leis, deve estar apto a registrar solicitações com facilidade e ser protegido contra qualquer possível retaliação. No México, as pessoas podem registrar solicitações de informações por escrito, online ou pessoalmente – o que facilita intensamente o processo de FOI. O México é um dos seis países da OCDE que contam com proteções implantadas para resguardar os indivíduos contra possíveis retaliações, mas não permite o registro anônimo de solicitações.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.
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Saúde - México mais
Principais Descobertas
A maior parte dos países da OCDE observou ganhos significativos na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. Em especial, o México testemunhou drásticas melhorias na expectativa de vida (de mais de 17 anos) e uma redução constante na taxa de mortalidade infantil. Contudo, a taxa de expectativa de vida de 74 anos permanece seis anos abaixo da média da OCDE de 80 anos e é a mais baixa na OCDE. A expectativa de vida das mulheres é de 77 anos comparado a 71 dos homens, em linha com a diferença média da OCDE de seis anos entre os sexos, com expectativa de vida de 83 anos para mulheres e de 77 anos para homens.
Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida. O gasto total com saúde representou6,2% do PIB do México em 2010, mais de três pontos percentuais abaixo da média de 9,4% da OCDE e a terceira taxa mais baixa entre os países da OCDE, após a Estônia (5,9%) e a Turquia (6,1%). Embora os gastos públicos com saúde no México mais que dobraram desde 1995, eles continuam baixos quando comparados a padrões internacionais. O México também está abaixo da média da OCDE em termos de gasto total com saúde por pessoa, com USD 977 em 2010 comparado a uma média da OCDE de USD 3.322. Entre 2000 e 2009, o gasto total com saúde no México aumentou, em termos reais, 3,8% por ano em média, uma taxa de crescimento menor que a média da OCDE de 4,0%. Esta taxa de crescimento foi reduzida para 1,5% em 2010.
Em toda a OCDE, o consumo de tabaco e o ganho excessivo de peso continuam a ser fatores de risco importantes para muitas doenças crônicas. A proporção de fumantes diários entre os adultos demonstrou forte redução ao longo dos últimos 25 anos na maior parte dos países da OCDE. A taxa de tabagismo entre os adultos no México é de 19,9%, mais baixa que a média da OCDE de 20,9%. Em muitos países da OCDE, grande parte da população está acima do peso ou é obesa. A taxa de obesidade aumentou nas últimas décadas em todos os países da OCDE, alcançando uma média de 17,2%. Embora com 32,4% da população mexicana adulta relatada como obesa, a taxa do México é a segunda, apenas atrás dos Estados Unidos. O aumento na prevalência da obesidade anuncia aumento na ocorrência de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e asma, além de custos mais altos com assistência médica no futuro.
Após a pergunta “Como está a sua saúde no geral?”, 66% das pessoas no México disseram que a saúde estava boa, em linha com a média da OCDE de 69%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta. Em média, nos países da OCDE, os homens tendem a relatar boa saúde mais do que as mulheres, sendo que a média é de 72% para os homens contra 67% para as mulheres. No México, a média é 67% para homens e 64% para mulheres. De forma não surpreendente, as pessoas mais velhas relatam menos saúde, assim como as desempregadas ou as que possuem menos grau de instrução ou renda.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Aumentando a Cobertura à Saúde com Seguro Popular
Embora a expectativa de vida permaneça a terceira mais baixa na OCDE e a mortalidade prematura seja a mais alta na OCDE, o México já implementou uma reforma ambiciosa. Ao longo de um período impressionantemente curto de oito anos, o Seguro Popular, que fornece seguro público a pessoas que não são afiliadas a nenhuma instituição de seguridade social, conseguiu fornecer cobertura universal à metade da população que não estava segurada. Foi um dos exemplos de política mais inovadora de como incluir as famílias mais pobres e as pessoas que trabalham no setor informal. Desde 2004, o México alcançou mais de 50 milhões de pessoas que antes não tinham acesso à previdência social, com usuários relatando taxas de satisfação de 97%. O Seguro Popular é visto em todo o mundo como um exemplo de inovação da assistência à saúde.
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Satisfação pessoal - México mais
Principais Resultados
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Ela obtém uma avaliação reflexiva de quais condições e circunstâncias da vida são importantes para o bem-estar subjetivo. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os mexicanos lhe atribuíram uma nota 7,4, superior à média da OCDE de 6,6.
Há pouca diferença nos níveis de satisfação com a vida entre homens e mulheres nos países da OCDE. Essa afirmação vale para o México, onde seus homens classificam sua vida em 7,5 e as mulheres, 7,4. Os níveis de escolaridade, entretanto, influenciam o bem-estar subjetivo. Enquanto pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental no México possuem um nível de satisfação com a vida de 7,0, essa pontuação alcança 8,0 para pessoas com ensino superior.
A felicidade ou bem-estar subjetivo também é medido(a) pela presença de experiências e sentimentos positivos e/ou a ausência de experiências e sentimentos negativos. No México, 82% das pessoas informaram mais experiências positivas em um dia comum (sentimentos de descanso, orgulho em realizações, prazer etc.) que negativas (dor, preocupação, tristeza, tédio etc.). Esse percentual é superior à média da OCDE de 76%.
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Segurança - México mais
Principais Resultados
A segurança pessoal é um elemento central do bem-estar das pessoas e reflete em grande medida os riscos das pessoas serem agredidas fisicamente ou serem vítimas de outros tipos de crime. Na OCDE, as taxas de agressão decresceram de maneira geral nos últimos cinco anos. No México, 12,8% das pessoas informaram ter sido vítimas de agressão nos últimos 12 meses, muito acima da média da OCDE de 3,9%. Há uma diferença superior a 1 ponto percentual entre homens e mulheres nas taxas de agressão, que são, respectivamente, de 13,5% e 12,1%.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios do México é de 23,4 hoje, muito acima da média da OCDE de 4,1 e a maior da OCDE. No México, os homens são muito mais propensos a ser vítimas de assassinato que as mulheres, pois a taxa de homicídios de homens é de 44,7 ante 4,2 para mulheres.
O medo do crime é outro importante indicador, posto que pode limitar comportamentos, restringir a liberdade e ameaçar a base das comunidades. A despeito de uma redução geral nas taxas de agressão nos últimos cinco anos, em muitos países da OCDE, a sensação de segurança decresceu. No México, 55% das pessoas se sentem seguras andando sós à noite, abaixo da média da OCDE de 69%. Embora os homens tenham um risco maior de ser vítimas de agressões e crimes violentos, as mulheres informam menor sensação de segurança que os homens, o que pode ser explicado por um maior temor de ataques sexuais, a sensação de que também devem proteger seus filhos e sua preocupação de que podem ser vistas como parcialmente responsáveis.
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Equilíbrio vida-trabalho - México mais
Principais Resultados
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.
As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Os mexicanos passam 113 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos, menor que a média da OCDE de 141 minutos e menos de 1/3 do tempo usado pelas mexicanas nos trabalhos domésticos –373 minutos por dia em média.
Outro aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. No México, as pessoas trabalham 2.226 horas por ano, a faixa mais expressiva da OCDE em que a média é de 1.765 horas. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. Quase 29% dos colaboradores mexicanos trabalham durante horas muito longas, um dos níveis mais elevados da OCDE em que a média é de 9%. Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados: 35% trabalham durante horas muito longas, enquanto 18% das mulheres o fazem.
Melhores Políticas para Viver Melhor
É necessário mais apoio público às famílias com filhos
O México poderia fortalecer suas políticas para aprimorar o bem-estar das famílias e das crianças. O apoio público em relação aos benefícios e serviços destinados à família é a chave para a mobilização da empregabilidade das mulheres, diminuindo os riscos de pobreza, promovendo o desenvolvimento das crianças e melhorando a igualdade entre os sexos.
Exceto Israel e Turquia, o México tem a taxa de pobreza infantil mais alta da OCDE. Quase 1 em 4 crianças mexicanas viveram em condições familiares precárias em 2010 (24,5%), bem acima da média da OCDE de 1 em 8 crianças (13,3%). No início dos anos 2000, as taxas de pobreza infantil caíram drasticamente no México, em parte devido à expansão dos programas sociais, como o Oportunidades.
Os direitos de licença relativa à criança são limitados. A licença maternidade, embora paga em 100% a partir dos últimos ganhos, dura apenas 12 meses e somente abrange as mulheres que exercem empregos formais. Nenhuma outra forma de licença parental, que incluem os pais, está disponível. Os esforços para aumentar a oferta de creches (Programa de Estancias Infantiles para Madres Trabajadoras) e as taxas de matrícula na pré-escola (ao implementar a educação pré-escolar obrigatória) se traduziram em maiores taxas de participação. Porém, mais pode ser feito: as taxas de matrícula em creches entre as crianças abaixo de 3 anos continuam muito baixas (8,3% em relação à média da OCDE de 32,6%) e o acesso à prestação de cuidados de alta qualidade e acessíveis é vital para facilitar a empregabilidade dos pais.
As diferenças entre os sexos em termos de trabalhos remunerados e não remunerados no México estão entre as maiores da área da OCDE. As taxas de empregabilidade das mulheres, embora moderadamente crescentes, são as menores da OCDE depois da Turquia e Grécia (45% das mexicanas estão em trabalho remunerado em relação à média da OCDE de 57%). Em casa, as mexicanas passam 4 horas por dia a mais em trabalhos não remunerados do que os homens. Os papéis dos sexos constituem uma barreira às mulheres e às oportunidades econômicas do país.