México
Você sabia?
indicator | value | unit |
---|---|---|
População | 126.2 | mil. |
Visitantes por ano | 76.7 | mil. |
Energia renovável | 8.7 | % |
Como vai a vida?
O México alcançou um progresso impressionante na última década em termos de melhoria na qualidade de vida de seus cidadãos. Mesmo assim, o México ainda apresenta desempenho ruim em muitas dimensões de bem-estar em comparação a outros países do Índice para uma Vida Melhor. O México está abaixo da média em renda, trabalho, educação, saúde, qualidade do meio ambiente, conexões sociais, segurança e satisfação com a vida. Essas avaliações baseiam-se em dados selecionados disponíveis.
O dinheiro, embora não possa comprar felicidade, é um meio importante para alcançar padrões superiores de vida. No México, a renda média doméstica disponível líquida ajustada per capita é consideravelmente inferior à média da OCDE, de USD 30.604 por ano. Há uma diferença importante entre os mais ricos e os mais pobres –os 20% mais favorecidos da população ganham quase quatorze vezes mais do que os 20% menos favorecidos.
Com relação ao índice de emprego, cerca de 61% das pessoas com idades entre 15 a 64 anos no México têm emprego remunerado, abaixo da média de empregos da OCDE, de 68%. Aproximadamente 79% dos homens têm um emprego remunerado, comparado a 45% das mulheres. No México, quase 29% dos empregados trabalham horas extras, uma das taxas mais altas da OCDE, onde a média é de 11%. Cerca de 36% dos homens trabalham horas extras, comparado a 18% das mulheres.
Boa educação e qualificações são requisitos importantes para conseguir um emprego. No México, 38% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos concluíram o ensino médio, muito abaixo da média da OCDE, de 79% e a taxa mais baixa da OCDE. Isto se aplica um pouco mais aos homens do que às mulheres, pois 39% dos homens concluíram o ensino médio, comparado a 37% das mulheres. Em termos da qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 416 no domínio de leitura, matemática e ciências, no Programa Avaliação de Estudante Internacional (PISA- iniciais em inglês) da OCDE, muito abaixo da média da OCDE, de 486.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, no México, é de 75 anos, cinco anos a menos do que a média da OCDE, de 80 anos, e uma das mais baixas da OCDE. A expectativa de vida das mulheres é de 78 anos, comparada a 73 anos para os homens. O nível de PM2,5 atmosféricas – minúsculas partículas de poluentes do ar pequenas o suficiente para entrar e causar danos aos pulmões – é de 15,6 microgramas por metro cúbico, acima da média da OCDE de 13,9 microgramas por metro cúbico. O México também apresenta baixo desempenho em termos de qualidade da água, pois 68% das pessoas declaram estar satisfeitas com a qualidade de sua água, consideravelmente abaixo da média da OCDE, de 81%, e uma das taxas mais baixas da OCDE.
No que diz respeito à esfera pública, há um moderado senso comunitário e nível de participação cívica no México, onde 81% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, consideravelmente menor que a média da OCDE, de 89. A participação eleitoral, uma medida da participação dos cidadãos no processo político, foi de 63% durante as últimas eleições, inferior à média da OCDE, de 68%. O status social e econômico podem afetar a participação eleitoral; mas no México há pouca diferença na sociedade como um todo.
De maneira geral, os mexicanos estão satisfeitos com suas vidas. Quando questionados sobre a sua satisfação em geral com a vida, numa escala de 0 a 10, os mexicanos consideram que estão em um nível médio de 6,5, alinhados com a média da OCDE de 6,5.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados do BLI.
Quesitos
México em detalhes
Moradia - México mais
Principais Descobertas
Viver em condições satisfatórias de moradia é um dos aspectos mais importantes para as pessoas. A moradia é essencial para suprir as necessidades básicas, tais como alojamento, mas não se trata apenas de quatro paredes e um teto. A moradia deve oferecer um local para dormir e descansar em que as pessoas se sintam seguras, tenham privacidade e espaço pessoal; um local onde possam criar sua família. Todos esses elementos ajudam a transformar a casa em lar. E, certamente, existe a questão sobre se as pessoas reúnem meios de sustentar uma moradia adequada.
Os custos com moradia tomam conta de uma grande fatia do orçamento familiar e representam o maior e único gasto para muitos indivíduos e famílias à medida que se adicionam elementos, tais como aluguel, gás, energia elétrica, água, móveis ou consertos. No México, as famílias gastam, em média, 20% da renda bruta ajustada disponível para manter a casa em que vivem, alinhada à média da OCDE de 20%.
Além dos custos domésticos, também é importante examinar as condições de moradia, tais como a média do número de cômodos compartilhados por pessoa, e se as famílias têm acesso às instalações básicas. O número de cômodos de uma casa dividido pelo número de pessoas que moram ali indica se os residentes estão vivendo em condições de lotação. A superlotação em moradias pode ter impacto negativo sobre a saúde física e mental, o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento das crianças. Além disso, viver assim é frequentemente um sinal de fornecimento inadequado de água e esgoto. No México, as casas dispõem de 1 cômodo, em média, por pessoa, menor que a média da OCDE de 1,8 cômodo por pessoa e a menor faixa da OCDE. Em termos de instalações básicas, 74,6% das moradias no México têm acesso particular a um banheiro com descarga, consideravelmente menos que a média da OCDE de 95,6%.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Planejamento urbano inteligente
A reforma da política urbana e de habitação é uma prioridade da administração atual. O governo quer reduzir o déficit de moradia que ainda afeta cerca de 35% das famílias mexicanas e deseja interromper os padrões de desenvolvimento ineficiente das últimas décadas. Apesar da rápida urbanização do país, o México, até pouco tempo, não tinha uma política urbana para orientar o desenvolvimento das cidades. No passado, as autoridades mexicanas apostaram na construção de casas, e não na construção de cidades, e a política urbana surgiu por acaso através da política de habitação. Mas o México está começando a deixar para trás esse tipo de política.
A nova abordagem à política urbana e de habitação está se desprendendo dos objetivos quantitativos para se atentar mais explicitamente ao lado qualitativo da habitação e dos ambientes urbanos. Os objetivos foram divulgados no Programa Nacional de Habitação de 2014-18, que pretende: i) fornecer moradia de qualidade aos mexicanos; ii) reduzir a falta de moradia; iii) passar a adotar um modelo de desenvolvimento urbano mais inteligente e sustentável; e iv) melhorar a coordenação interinstitucional.
Reforma de moradias sociais
A empresa privada Provive e a fundação Tú y Yo operam em regime de cooperação para melhorar as condições físicas e sociais dos bairros mexicanos. Juntas, elas reformam moradias sociais abandonadas que são em seguida revendidas para incentivar a revitalização urbana. A Provive compra, faz reformas e reparos e vende as casas, ao passo que a Tú y Yo trabalha junto à comunidade para promover a coesão social. A Provive apoia os esforços destinados a engajar a comunidade, com uma contribuição equivalente a 5% do valor da venda da moradia. Em 2015, 2.000 casas foram revendidas em bairros revitalizados de Tijuana, Mexicali e Ciudad Júarez.
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Renda - México mais
Principais Pontos
Embora o dinheiro não compre a felicidade, é um meio importante de obter altos padrões de vida e maior bem-estar. A maior riqueza econômica também pode melhorar o acesso à moradia, saúde e educação de qualidade.
A renda líquida ajustada disponível por família é a quantidade de dinheiro obtido a cada ano após a dedução de impostos e realização de transferências. Representa o dinheiro disponível para a família a fim de ser gasto na aquisição de mercadorias ou serviços. No México, a média da renda líquida ajustada disponível por família per capita é de US$ 16.269,00 menor que a média da OCDE de US$ 30.490,00.
A riqueza financeira por família é o valor total do patrimônio financeiro familiar, como dinheiro ou ações mantidas em contas bancárias, residência principal, outros imóveis, veículos, valores e outros ativos não financeiros (por exemplo, outros bens duráveis). No México, a média da riqueza financeira líquida por família per capita é consideravelmente menor que a média da OCDE de US$ 323.960,00.
Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Índice para uma Vida Melhor.
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Ampliação dos programas sociais
O México alcançou notáveis progressos na redução da pobreza e das desigualdades durante os últimos quinze anos. Apesar disso, os indicadores sociais ainda se mostram desfavoráveis em comparação com os de outros países, e a pobreza voltou a crescer durante a recessão. Aproximadamente 18% da população vive em condições de extrema pobreza, definida como abaixo da menor linha de pobreza nacional.
Oprograma Oportunidades (anteriormente Progresa) é um programa de transferência de recursos condicional e bem direcionado, que ajuda as pessoas que vivem em estado de extrema pobreza a melhorarem suas condições de educação, saúde e alimentação. Ao longo do tempo, sua cobertura foi ampliada, e esse programa bem-sucedido contribuiu para aumentar os índices de matrícula na escola secundária, beneficiando especialmente meninas. Ao permitir um maior número de consultas médicas regulares, também trouxe um declínio tanto na morbidez infantil quanto na mortalidade materna.
O programa atinge atualmente cerca de 6 milhões de lares, ou mais ou menos um quarto da população mexicana total. As famílias recebem assistência com base nas suas necessidades específicas, incluindo recursos para a renda familiar e melhoria na alimentação; bolsas de estudo para crianças e adolescentes; pacotes de serviços médicos, e suplementos nutricionais.
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Empregos - México mais
Principais Pontos
Ter um emprego traz benefícios muito importantes, como: propiciar uma fonte de renda, melhorar a inclusão social, alcançar as aspirações próprias das pessoas, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. No México, cerca de 59% da população de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Esse percentual é inferior à média de emprego da OCDE de 66%.
Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. No México, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de quase 0,1%, muito inferior à média da OCDE de 1,3% e uma das menores taxas da OCDE.
Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Os mexicanos recebem US$ 16.230,00 por ano em média, muito abaixo da média da OCDE de US$ 49.165,00 e o valor mais baixo da OCDE.
Outro fator essencial para a qualidade do emprego é a segurança no trabalho em termos de perdas esperadas dos ganhos quando um trabalhador fica desempregado. Esse fator inclui a probabilidade de perda de emprego, a provável duração do desemprego e que assistência financeira pode ser esperada do governo. Os trabalhadores cujo risco de perda de emprego é mais elevado são mais vulneráveis, especialmente em países onde os sistemas de seguridade social são de menor porte. No México, os trabalhadores estão sujeitos a uma perda esperada de 4% de seus rendimentos se ficarem desempregados, percentual inferior à média da OCDE de 5,1%.
Para mais informações sobre estimativas e anos de referência, consulte a Seção de Perguntas Frequentes e o Banco de dados BLI.
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Reformas para o melhor funcionamento do mercado de trabalho
O governo mexicano obteve grandes avanços no aprimoramento do funcionamento do mercado de trabalho, aprovando, em 2012, uma nova legislação de reforma trabalhista. A reforma reduz o rigor da proteção ao emprego, que restringe a participação no trabalho formal, muito especialmente para as mulheres. A nova lei deve ajudar a estimular a criação de empregos formais e a produtividade, permitindo que os empregadores ajustem sua força de trabalho, a um custo menor e com menos incerteza judicial. Embora o impacto da nova lei seja ainda desconhecido, a OCDE estima que essas reformas poderão desenvolver o crescimento potencial em 0,1% ou mais. Desde a sua adoção, o emprego formal aumentou mais do que o emprego global e o crescimento do PIB.
Para incentivar ainda mais a formalização da força de trabalho, o governo lançou a campanha "Formalizar " em 2014. A estratégia reúne os benefícios e recursos de diferentes programas e deverá facilitar o acesso ao mercado de trabalho e reforçar a aplicação da justiça do trabalho. Um novo Programa de Promoção Formal treinará e colocará trabalhadores em empregos formais.
Um novo regime de tributação para micro e pequenas empresas foi criado para proporcionar sua entrada no regime de formalidade, permitindo-lhes total integração no regime fiscal geral após dez anos. Há evidência de que esse novo regime fiscal, juntamente com os resultados da campanha "Formalizar ", está produzindo efeitos positivos. Cerca de 4,3 milhões de empresas já se inseriram no novo regime, em comparação com os 3,5 milhões do regime anterior.
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Comunidade - México mais
Principais pontos
Os seres humanos são criaturas sociais. A frequência de nosso contato com outros e a qualidade de nossas relações pessoais são, portanto, determinantes essenciais de nosso bem-estar.
Uma forte rede social, ou comunidade, pode trazer apoio emocional nos momentos bons e ruins e também acesso a oportunidades de emprego, serviço e outras oportunidades relevantes. No México, 77% das pessoas acreditam conhecer alguém com quem poderiam contar em um momento de necessidade, uma das menores taxas da OCDE, cuja média é de 91%.
Uma rede social fraca pode gerar oportunidades econômicas limitadas, falta de contato com outros e, eventualmente, sentimentos de isolamento. As pessoas em isolamento social enfrentam dificuldades de integração na sociedade como um membro contribuinte e também para cumprimento suas metas pessoais.
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Escolaridade - México mais
Principais pontos
Uma população bem instruída e com treinamento qualificado é essencial para o bem-estar socioeconômico de um país. A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Os mexicanos podem passar 15,4 anos estudando, dos 5 aos 39 anos de idade, muito abaixo da média da OCDE de 18 anos e a taxa mais baixa entre os países da OCDE.
Concluir o ensino médio tem se tornado cada vez mais importante em todos os países, pois as qualificações exigidas pelo mercado de trabalho cada vez mais se baseiam em conhecimento. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam às exigências mínimas do mercado de trabalho. No México, 42% dos adultos entre 25 e 64 anos concluíram o ensino médio, uma das taxas mais baixas entre os países da OCDE, cuja média é de 79%.
Entretanto, ainda que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos pouco têm a ver com a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) examina até que ponto os alunos adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas. Em 2018, o PISA se concentrou na avaliação de habilidades dos alunos em leitura, matemática e ciências, pois pesquisas demonstram que essas habilidades ajudam a criar prognósticos mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola.
O aluno médio no México obteve pontuação de 416 em leitura, matemática e ciências, muito abaixo da média da OCDE de 488, e uma das taxas mais baixas da OCDE. Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos.
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Reforma da educação
O México implementou várias reformas nos últimos anos para melhorar a concretização e os resultados no campo da educação. Essas reformas priorizaram um currículo voltado para a competência, a profissionalização dos educadores, e tornaram o sistema de avaliação mais transparente e confiável.
O México introduziu o ensino em tempo integral obrigatório para todas as crianças de 4 a 5 anos, e pretende atingir a abrangência universal até 2022. Para auxiliar nessa transição, o México promoveu um Programa de Escolas de Tempo Integral, que deverá estar plenamente implementado até 2018. O programa deverá atingir 40.000 escolas e beneficiará cerca de cinco milhões de estudantes.
Embora seja comparativamente baixo com relação aos países da OCDE, os resultados e as realizações educacionais do México melhoraram desde o ano 2000. A taxa de alunos matriculados entre 15 e 29 anos aumentou de 42% para 53% em 2012. Os índices de conclusão do curso secundário complementar aumentaram 14 pontos percentuais durante esse mesmo período. A partir de 2003, as pontuações da PISA em matemática também cresceram entre meninos e meninas à taxa de 30 e 26 pontos, respectivamente.
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Meio-ambiente - México mais
Principais Descobertas
A qualidade do ambiente local em que vivemos surte um impacto direto sobre nossa saúde e bem-estar. A poluição atmosférica em ambientes abertos é um problema ambiental importante que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. A despeito das intervenções nacionais e internacionais e reduções de grandes emissões de poluentes, os impactos da poluição atmosférica urbana à saúde continuam a piorar, predispondo a poluição atmosférica a se tornar a principal causa ambiental de mortalidade prematura globalmente até 2050. A poluição atmosférica em centros urbanos, comumente causada pelo transporte e queima de madeira ou carvão em pequena escala, está ligada a uma série de problemas de saúde, desde pequenas irritações nos olhos até sintomas do trato respiratório superior, a curto prazo, e doenças respiratórias crônicas como asma, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão, a longo prazo. Crianças e idosos podem ser mais vulneráveis.
PM2,5 – minúsculo material particulado, pequeno o suficiente para ser inalado até a parte mais profunda do pulmão – é monitorado em países da OCDE porque pode prejudicar a saúde humana e reduzir a expectativa de vida. No México, os níveis de PM2,5 são de 20,3 microgramas por metro cúbico, acima da média da OCDE de 14 microgramas por metro cúbico e do limite anual de diretriz de 10 microgramas por metro cúbico definido pela Organização Mundial da Saúde.
O acesso à água limpa é fundamental ao bem-estar humano. A despeito do avanço significativo de países da OCDE na redução da poluição da água, melhorias na qualidade da água doce nem sempre são fáceis de discernir. No México, apenas 75% de pessoas afirmam que estão satisfeitas com a qualidade da água, abaixo da média daOCDE de 84%.
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Redução das emissões na atmosfera
Durante a última década, o México demonstrou um elevado compromisso em relação aos desafios do crescimento verde e definiu metas ambiciosas de redução de emissões. Sua lei geral sobre alterações climáticas visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 30% abaixo de um cenário de atividade usual até 2020, e em 50% até 2050 a partir do nível de 2000, desde que receba apoio financeiro internacional. Uma taxa de carbono sobre combustíveis foi criada em 2014 e os preços a varejo da gasolina e do diesel serão aumentados em 2017. Os preços da gasolina serão então liberados e determinados pelas condições de mercado em 2018. O requisito de conteúdo nacional para a energia não renovável deverá aumentar dos atuais 25% para 35% até 2025.
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Engajamento Cívico - México mais
Principais Pontos
A confiança no governo é essencial para a coesão e bem-estar social. A alta participação eleitoral é uma medida da participação dos cidadãos no processo político. Nas últimas eleições para as quais existem dados disponíveis, a participação eleitoral no México foi de 63% dos eleitores cadastrados. Esse número é inferior à média da OCDE, de 69%.
Um maior envolvimento público no processo decisório é também um fator significativo para obrigar o governo a prestar contas, e para sustentar a confiança nas instituições públicas. O processo formal de engajamento público no desenvolvimento das leis e de seus regulamentos permite medir o grau de envolvimento das pessoas nas decisões do governo sobre questões-chave que afetam suas vidas. No México, o nível de envolvimento público na elaboração da legislação é de 3,2 (em uma escala que vai de 0 a 4), o nível mais alto da OCDE, onde a média é de 2,1.
Para obter mais informações sobre as estimativas e anos de referência, consulte a seção de Perguntas Frequentes e a Base de Dados do BLI.
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“Balcão Único” para serviços e informações do governo
O governo mexicano está utilizando a web para aumentar a participação dos cidadãos e simplificar o acesso aos serviços e às informações públicas. A plataforma online (gob.mx) convoca a população para que expresse suas preocupações e dê sugestões para a mudança; baixe formulários e inscrições ou marque consultas e pagamentos; e tome conhecimento acerca das ações, funções e plataformas do governo.
O governo prevê que a utilização desse site turbine a eficiência, transforme os processos e aprimore o engajamento público. Até 2018, os cidadãos deverão reduzir o tempo gasto com atividades administrativas em 25%.
Aprimorando os serviços para os contribuintes
O governo do México solicitou que os cidadãos apresentem ideias sobre como melhorar os seus serviços de aplicativos móveis para os contribuintes. A Receita Federal abriu o desenvolvimento da sua aplicação móvel e realizou um concurso público, em parceria com uma ONG local.
O principal objetivo foi permitir que os cidadãos realizassem as suas transações fiscais “a qualquer momento, em qualquer local, em qualquer aparelho”. Em uma semana, mais de 100 participantes se inscreveram e 25 propostas foram apresentadas. Desses participantes, 11 finalistas foram escolhidos para apresentar seus projetos em um palco para um ilustre painel de juízes na Semana do Empreendedor, o evento público realizado pelo Ministério da Fazenda. A proposta vencedora foi apoiada pela Receita Federal para desenvolvimento e implementação completa.
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Saúde - México mais
Principais Pontos
A maior parte dos países da OCDE observou um aumento significativo na expectativa de vida ao longo das últimas décadas devido a melhorias nas condições de vida, intervenções na saúde pública e progresso na assistência médica. Em especial, o México testemunhou drásticas melhorias na expectativa de vida (de mais de 17 anos) e uma redução constante na taxa de mortalidade infantil. Contudo, a taxa de expectativa de vida é de pouco mais de 75 anos, seis anos abaixo da média da OCDE de 81 anos, a mais baixa da OCDE. Maior expectativa de vida está geralmente associada a maior gasto com assistência médica por pessoa, embora muitos outros fatores como padrão de vida, estilo de vida, educação e fatores ambientais tenham impacto na expectativa de vida.
Ao responderem a pergunta “Como está a sua saúde em geral?”, quase 66% das pessoas no México disseram que a saúde estava boa, menos do que a média da OCDE de 68%. Apesar da natureza subjetiva da pergunta, considera-se que as respostas recebidas sejam bons prognosticadores do uso futuro de assistência médica por parte dos indivíduos. Sexo, idade e condição social podem afetar as respostas a esta pergunta.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Financiamento com base em resultados para ampliar a cobertura
O México criou seu sistema público de seguro saúde (Seguro Popular) em 2002, que tem, desde então, contribuído para a proteção do risco financeiro universal. Todavia, a cobertura efetiva oferecida para as doenças crônicas é baixa, tendo em vista que apenas 26% dos homens adultos e 30% das mulheres adultas têm acesso a tratamentos preventivos. Para responder a esse desafio, o Seguro Popular idealizou em 2014 um programa de incentivos financeiros com base em resultados, para aprimorar o desempenho nos serviços essenciais, e dos resultados na área da saúde.
Através desse financiamento baseado em resultados, os provedores fazem jus a uma dedução ou bônus anual nos subsídios, com base no seu desempenho em relação aos indicadores de 20 atendimentos primários e de 5 atendimentos hospitalares, inclusive diabetes, saúde cardiovascular, atendimento pré-natal, detecção do câncer de mama, e a redução das cirurgias evitáveis, além das reinternações hospitalares, entre outros. Os indicadores foram estabelecidos com base na melhor evidência de prováveis impactos sobre a saúde, na praticabilidade da implementação do programa, e no monitoramento do desempenho dos provedores. As metas de desempenho anual foram definidas com a ajuda de um painel de especialistas para avaliar a capacidade dos provedores a elevarem seu desempenho com base no seu grau de controle sobre os recursos e resultados. O porte do fundo de incentivos foi estimado em 10% do orçamento dos pagadores. O sistema de monitoramento foi projetado para fazer uso das informações e sistemas de informação existentes em formatos acessíveis.
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Satisfação pessoal - México mais
Principais Pontos
A felicidade ou bem-estar subjetivo pode ser medido em termos de satisfação com a vida, da presença de experiências e sentimentos positivos e da ausência de experiências e sentimentos negativos. Tais medidas, embora subjetivas, constituem um complemento útil a dados objetivos para comparar a qualidade de vida de países.
A satisfação com a vida mensura como as pessoas avaliam sua vida como um todo em vez de seus sentimentos momentâneos. Quando solicitados a classificar sua satisfação geral com a vida em uma escala de 0 a 10, os mexicanos lhe atribuíram em média anota 6, inferior à média da OCDE de 6,7.
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Resultados do bem-estar regional no desenvolvimento das políticas
O Instituto Mexicano de Estatística e Geografia (INEGI) desenvolveu um sistema de mensuração abrangente do bem-estar utilizando 11 dimensões até níveis do estado, incluindo o bem-estar subjetivo.
As medições do bem-estar regional estão sendo usadas cada vez mais como uma ferramenta política. A iniciativa Regiones Socioeconómicas fornece dados socioeconômicos a diferentes esferas de governo para informá-los sobre a situação da habitação, saúde, educação e do emprego, em vários níveis territoriais. Esses dados ajudam o governo a concentrar seus programas nas necessidades regionais dos seus cidadãos. O estado de Morelos, no México, também incluiu uma série de indicadores de bem-estar no Plano de Desenvolvimento Estadual de 2013-18.
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Segurança - México mais
Principais Pontos
A segurança pessoal é um elemento central para o bem-estar dos indivíduos. Você se sente seguro, por exemplo, andando sozinho à noite? No México, quase 42% das pessoas dizem que se sentem seguras andando sozinhas à noite, muito abaixo da média da OCDE de 74% e a menor entre os países da OCDE.
A taxa de homicídios (o número de assassinatos por 100.000 habitantes) representa uma medida mais confiável de nível de segurança de um país porque, ao contrário dos outros crimes, os assassinatos geralmente são sempre informados à polícia. Segundo os últimos dados da OCDE, a taxa de homicídios do México é de 26,8, cerca de dez vezes maior do que a média da OCDE de 2,6.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
Combate à violência contra as mulheres
Uma nova política destinada a evitar e erradicar a violência contra as mulheres, denominada Programa Integrado para a Prevenção, Abordagem, Sanção e Erradicação da Violência contra as mulheres, está sendo adotado para o período de 2014-18. O programa apoia a concepção de políticas e estratégias nacionais, coordenando as ações intragovernamentais em todas as esferas de governo. Um exemplo dessa abordagem de múltiplas vertentes é o “alerta de gênero”, que ao ser acionado obriga as autoridades locais a implementar medidas concretas para proteger a segurança física e os direitos das mulheres, e também efetuar uma investigação rigorosa das queixas apresentadas.
Já existem 41 municípios com um “alerta de gênero” em funcionamento, abrangendo cerca de 15% da população feminina. Centros de justiça mantidos com recursos públicos também foram instalados em muitos estados, oferecendo apoio psicológico, jurídico e médico; abrigos temporários; consultas com especialistas em desenvolvimento infantil; e oficinas de empoderamento social e econômico.
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Equilíbrio vida-trabalho - México mais
Principais Descobertas
Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio para todos os trabalhadores, principalmente para os pais que possuem colocação no mercado. A capacidade de combinar com êxito o trabalho, compromissos familiares e vida pessoal é importante para o bem-estar de todos os membros de uma família. Os governos podem ajudar a resolver o problema, incentivando práticas de trabalho favorável e flexível, tornando mais fácil para os pais obter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida doméstica.
Um aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. No México, 27% dos empregados trabalham durante horas muito longas de trabalho remunerado, a taxa mais alta da OCDE, onde a média é de 10%.
Quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer, alimentação ou sono. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. No México, os empregados que atuam em tempo integral dedicam menos do dia em média aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.) do que a média da OCDE de 15 horas.
Políticas Melhores para Vidas Melhores
É necessária maior ajuda pública para famílias com filhos
O México pode fortalecer suas políticas para melhorar o bem-estar de suas famílias e filhos. A ajuda pública em termos de benefícios e serviços às famílias é a chave para a mobilização do trabalho feminino, reduzindo os riscos de pobreza, promovendo o desenvolvimento das crianças, e aperfeiçoando a igualdade entre os gêneros.
Além de Israel e da Turquia, o México tem o mais alto índice de pobreza infantil da OCDE. Quase 1 de cada 4 crianças mexicanas vivia em lares pobres em 2011 (25,8%); muito acima da média da OCDE de 1 para cada 8 crianças (13,9%). No início dos anos 2000, os índices de pobreza infantil caíram acentuadamente no México, em parte devido à expansão de programas sociais como o Prospera. Esse programa de transferência condicional de recursos foi criticado recentemente por incentivar as mães a assumirem funções tradicionais de cuidadoras, já que as mães são responsáveis por assegurar que as famílias cumpram com as normas educacionais e de saúde, porém recentes mudanças no programa tentaram promover a participação das mães em trabalhos remunerados.
O direito a licenças relacionadas aos filhos é limitado. A licença-maternidade, embora pagando 100% dos últimos vencimentos, dura apenas 12 semanas, e abrange somente as mulheres com empregos formais. Recentemente foi instituída a licença-paternidade de cinco dias, e custeada pelos empregadores. Os esforços no sentido de melhorar os cuidados infantis (Programa de Estancias Infantiles para Madres Trabajadoras) e os índices de matrícula na pré-escola (com a implementação de educação pré-escolar obrigatória) traduziram-se em maiores níveis de participação. Porém muito mais pode ser feito, já que os índices de matrícula nas creches entre as crianças com menos de 3 anos ainda são consideravelmente baixos (8,3% em comparação com a média da OCDE de 32,6%), e o acesso aos cuidados de alto padrão e acessíveis é fundamental para facilitar o trabalho dos pais.
As diferenças de gênero no trabalho remunerado e não remunerado no México estão entre as mais amplas no âmbito da OCDE. As taxas de emprego feminino, embora aumentando discretamente, são as menores da area da OCDE após a Turquia e Grécia (45,3% das mulheres mexicanas têm trabalho remunerado em comparação com a média da OCDE de 57,5 em 2013).
A pobreza em tempo e as funções de gênero constituem importantes barreiras para a participação das mulheres no mercado de trabalho. Em casa, as mulheres gastam mais 4 horas por dia de cuidados com os filhos e tarefas domésticas não remuneradas do que os homens. Os mexicanos também trabalham mais horas por ano do que os trabalhadores de todos os demais países da OCDE, e gastam um dos períodos mais longos no transporte para o trabalho de toda a OCDE, após o Japão e Coreia. Essas limitações de tempo complicam o equilíbrio entre trabalho e vida familiar, e representam desafios importantes para as mães, principalmente porque uma parcela crescente delas são mães sozinhas.
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How’s Life? 2015: Measuring Well-being