Educação

Antecedentes

A educação possui um papel extremamente importante em fornecer às pessoas o conhecimento, as habilidades e as competências necessárias para uma participação efetiva na sociedade e na economia. Além disso, a educação pode melhorar a vida das pessoas em áreas como saúde, engajamento cívico, interesse político e felicidade. Estudos demonstram que pessoas instruídas vivem mais, participam mais ativamente da política e da comunidade onde vivem, cometem menos crimes e necessitam menos de assistência social.

Grau de Instrução

Ter uma boa educação aumenta consideravelmente a probabilidade de encontrar emprego e ter renda suficiente. Pessoas bem instruídas são menos afetadas pelas tendências de desemprego, isso porque, normalmente, um indivíduo instruído passa a ser mais atraente na força de trabalho. Nos países da OCDE, 83% das pessoas com diploma universitário estão empregadas, comparado a 55% das pessoas que possuem apenas diploma de ensino médio. A taxa de emprego é mais alta para homens do que para mulheres, independente do nível de instrução -88% dos homens e 79% das mulheres com nível superior estão empregados, ao passo que a taxa é de 69% para homens e 48% para mulheres com ensino médio apenas. O ganho em anos de vida também aumenta a cada nível de educação obtido.

Adicionalmente, com a redução do trabalho braçal ao longo das últimas décadas, os empregadores favorecem agora uma força de trabalho mais instruída. Essa alteração na demanda tornou o diploma de ensino médio requisito mínimo para obtenção de emprego em quase todos os países da OCDE. As taxas de conclusão do ensino médio fornecem uma boa indicação sobre o fato de o país estar preparando ou não seus alunos para que atendam as exigências mínimas do mercado de trabalho.

Em média, 75% dos adultos entre 25 e 64 anos nos países da OCDE possuem o equivalente ao diploma de ensino médio. Essa taxa inclui mais homens do que mulheres, pois 75% dos homens concluíram o ensino médio comparado a 74% das mulheres. Nos 29 países da OCDE e na Federação Russa, 60% ou mais da população entre 25 e 64 concluíram, pelo menos, o ensino médio. Em alguns países, acontece o contrário: no México, Portugal e Turquia, 60% ou mais da população entre 25 e 64 não concluíram o ensino médio.  Entre os jovens na OCDE - um melhor indicador do futuro de um país - 82% das pessoas com 25 a 34 anos possuem o equivalente a um diploma de ensino médio e as mulheres tendem a se saírem melhor que os homens.

Atualmente, é mais provável que as mulheres obtenham um diploma de ensino terciário que os homens em quase todos os países da OCDE, uma inversão de um padrão histórico. Em média, nos países da OCDE, 43% das mulheres entre 25 e 34 anos possuem, pelo menos, diploma de ensino médio, comparado a 34% dos homens da mesma faixa etária.

Anos de Estudo

Na economia do conhecimento, que está sempre em constante mudança, educação significa aprender habilidades para a vida. Mas quantos anos de estudo na escola, faculdade ou curso de especialização as gerações futuras devem realizar? A resposta é que, em média, na OCDE, as pessoas podem esperar estudar por 17,7 anos, a julgar pelo número de pessoas entre 5 e 39 anos atualmente na escola ou na faculdade. Os resultados variam de 14,1 anos de educação em Luxemburgo a quase 20 na Finlândia.

Habilidades dos Estudantes

Entretanto, ao passo que sejam importantes, as taxas de conclusão dos estudos falam pouco sobre a qualidade da educação recebida. O Programa da OCDE de Avaliação Internacional do Aluno (PISA) revisa a extensão na qual os alunos, próximo ao final da educação obrigatória (normalmente por volta dos 15 anos), adquiriram conhecimento e habilidades essenciais para a plena participação nas sociedades modernas, especialmente no que diz respeito à leitura, matemática e ciência. 

Em 2012, o PISA avaliou alunos de 65 países, incluindo países da OCDE, Brasil e a Federação Russa. Os alunos foram avaliados quanto às habilidades de leitura, matemática e nível em ciências. A pesquisa demonstra que essas habilidades são prognosticadores mais confiáveis do bem-estar econômico e social do que a quantidade de anos passados na escola ou em instituições de nível superior. O aluno mediano na OCDE obteve 497 pontos. As meninas foram melhores que os meninos em todos os países, exceto Luxemburgo. Em média, na OCDE, as meninas fizeram 502 pontos contra 492 dos meninos. Essa diferença é ainda maior na Estônia, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Israel, Noruega, Polônia, Eslovênia, Suécia, Turquia e Federação Russa.

Japão e Coreia são os países com melhor desempenho na OCDE, com pontuações médias no PISA de 538 e 537, respectivamente. Outros países da OCDE com bom desempenho no que diz respeito às habilidades dos alunos incluem Finlândia (529), Estônia (523), Holanda (522) e Canadá (522). O país da OCDE com menor desempenho, México, obteve pontuação média de 417. Isso significa que a diferença entre os países na OCDE de melhor e pior desempenho é de 121 pontos. A diferença em relação ao Brasil é ainda maior, sendo que 132 pontos separam o desempenho médio do Brasil e do Japão.

Os melhores sistemas educacionais conseguem oferecer educação de alta qualidade a todos os alunos. Na Estônia, Islândia e Noruega, por exemplo, os alunos tendem a apresentar bom desempenho independente da classe social. Entretanto, na França, Nova Zelândia e República Eslovaca, a diferença entre os alunos das classes socioeconômicas mais baixas e os alunos das classes socioeconômicas mais altas atinge mais de 125 pontos, sugerindo que a base socioeconômica dos alunos tende a impactar seus resultados. Em média, entre os países da OCDE, há uma diferença de 96 pontos nas pontuações do PISA entre os alunos das classes socioeconômicas mais altas e mais baixas.  

Educação em mais detalhes por país