Empregos

Antecedentes

O trabalho possui benefícios econômicos sóbrios, mas ter um emprego também ajuda os indivíduos a se conectar com a sociedade, aumentar a autoestima e desenvolver habilidades e competências. Sociedades com altos níveis de emprego são também mais ricas, mais politicamente estáveis e mais íntegras.

Taxa de Emprego

Na área da OCDE, aproximadamente 65% da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos possui um emprego remunerado. Os níveis de emprego são mais altos na Islândia (80%), Suíça (79%) e Noruega (76%) e mais baixos na Turquia (49%), Grécia (51%) e Espanha (56%). As taxas de emprego são geralmente mais altas para indivíduos com maior grau de escolaridade. Na área da OCDE, uma estimativa de 80% de indivíduos com no mínimo ensino superior possuem emprego remunerado, ante uma estimativa de 47% de indivíduos sem o ensino médio.

A despeito do aumento estável nas taxas de emprego de mulheres ao longo dos últimos 15 anos, as mulheres ainda estão menos propensas a ter um emprego que os homens. Em 2012, em média, dentre os países da OCDE, 57% das mulheres tinham emprego, ante 73% dos homens. A diferença de gênero é sobretudo elevada na Turquia e no México e relativamente pequena no Canadá, Estônia e países nórdicos. A elevação das taxas de emprego referentes a mulheres pode ser explicada pelas alterações estruturais na economia e sociedade, mas também por fatores políticos como o fornecimento de instalações de creche, o que facilitou para as mães com crianças pequenas retornarem ao trabalho.

Taxa de Desemprego de Longo Prazo

Pessoas desempregadas são definidas como aquelas que não estão trabalhando no momento, porém estão dispostas a fazê-lo e buscam emprego ativamente. O desemprego de longo prazo pode surtir um grande efeito negativo sobre as sensações de bem-estar e valor próprio e acarretar a perda de habilidades, reduzindo ainda mais a empregabilidade. Tais efeitos podem durar muito tempo, mesmo após o retorno ao trabalho. Na área da OCDE, o percentual da força de trabalho desempregada há no mínimo um ano atualmente é de 2,7%.

Criar mais e melhores empregos é um grande desafio para os governos. Aproximadamente uma a cada três pessoas em idade para trabalhar não possui um emprego na área da OCDE, incluindo muitos jovens fora da escola e deficientes. Há pouca diferença na média entre homens e mulheres na área da OCDE no que diz respeito ao desemprego de longo prazo- 2,7% para homens e 2,8% para mulheres - mas a taxa de desemprego de mulheres é particularmente elevada na Grécia, ao passo que, na Irlanda, o desemprego de longo prazo é muito maior entre homens. Diante do envelhecimento de populações e elevação de dispêndios sociais, facilitar o emprego para aqueles que podem trabalhar se torna prioridade.

A recuperação da crise econômica e financeira iniciada em 2008 tem sido fraca ou irregular e alguns países retrocederam à recessão. A taxa de desemprego em toda a área da OCDE era de 7,6 % no início de 2014, correspondendo a aproximadamente 46,2 milhões de pessoas fora do trabalho - cerca de 11,5 milhões a mais do que quando a crise começou. Há claros sinais de que a criação de empregos continuará fraca em muitos países da OCDE.

Rendimentos Médios

Os salários e outros benefícios monetários trabalhistas são um importante aspecto da qualidade do trabalho. Os rendimentos representam a principal fonte de renda na maioria das residências. Analisar rendimentos também pode sugerir se a remuneração do trabalho é justa.

Na OCDE, em média, as pessoas recebem US$ 41.010,00 por ano, mas os rendimentos médios divergem expressivamente entre os países da OCDE. Nos Estados Unidos e Luxemburgo, são mais que o dobro dos países do Leste Europeu. Se esses rendimentos são distribuídos de forma justa dentro de um país é outra questão. Nos últimos anos, as disparidades de rendimentos aumentaram na maior parte dos países da OCDE, onde, em média, a camada superior de 20% da população recebe uma estimativa de US$ 50.342,00 por ano, a camada inferior de 20% vive com uma estimativa de US$ 20.331 por ano.

Estabilidade de emprego

Outro fator essencial de qualidade de emprego é a estabilidade de emprego. Trabalhadores que enfrentam um elevado risco de perder o emprego são mais vulneráveis, sobretudo em países com menores redes de segurança social.

Em média, nos países da OCDE, trabalhadores enfrentam uma probabilidade de 5,3% de perderem seus empregos. Na Grécia e Espanha, a chance é quase ou mais de 12%, ante os menos de 3% do Japão, Noruega e Suíça. O gênero não possui, em geral, uma forte influência na estabilidade de emprego.

Para obter mais informações a respeito de estimativas e anos de referência, consulte a seção FAQ e o banco de dados do Indicador Viver Melhor.

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