Vida/Trabalho

Antecedentes

Encontrar o equilíbrio adequado entre o emprego e a vida cotidiana é um desafio que todos os trabalhadores enfrentam. As famílias são especialmente afetadas. Alguns casais gostariam de ter (mais) filhos, mas não imaginam como arcariam a inatividade profissional. Outros casais estão felizes com o número de filhos na família e gostariam, no entanto, de trabalhar mais. Trata-se de um desafio para o governo, pois, se os pais não conseguem obter o equilíbrio vida/trabalho desejado, seu bem-estar e o desenvolvimento do país diminuem.

As pessoas passam de 10% a 20% do seu tempo em trabalhos não remunerados. A distribuição das tarefas na família ainda é influenciada pelos papéis dos sexos: os homens tendem mais a passar mais horas em trabalhos remunerados, ao passo que as mulheres passam muito mais horas em trabalhos domésticos não remunerados. Enquanto os homens dos países da OCDE passam em média 141 minutos por dia exercendo trabalho não remunerado, as mulheres passam 273 minutos por dia cozinhando, limpando ou cuidando dos filhos. Essa diferença em média de aproximadamente 2.3 horas por dia oculta muitas discrepâncias entre os países. Por exemplo, as turcas e as mexicanas passam em torno de 4.3 horas a mais que os homens nos afazeres domésticos, embora a diferença seja de apenas um pouco mais de 01 hora nos países nórdicos.

 

Colaboradores que Trabalham Muitas Horas

Um aspecto importante do equilíbrio vida-trabalho é a quantidade de tempo que as pessoas passam no emprego. Os dados sugerem que as longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde, pôr a segurança em risco e aumentar o estresse. A proporção de colaboradores que trabalham mais de 50 horas por semana não é muito grande nos países da OCDE. A Turquia é o país, disparado, com a maior proporção de pessoas que trabalham durante horas muito longas (mais de 43%), seguido pelo México (por volta de 29%) e Israel (por volta de 20% dos colaboradores). Em geral, os homens passam mais horas em trabalhos remunerados e a porcentagem de colaboradores que desempenham sua função profissional durante horas muito longas nos países da OCDE é de 12% e a porcentagem de colaboradoras, menos de 5%.

Tempo Dedicado ao Lazer e Cuidados Pessoais

Além disso, quanto mais as pessoas trabalham, menos tempo têm para outras atividades, tais como lazer ou cuidados pessoais. A quantidade e a qualidade do tempo de lazer são importantes para o bem-estar geral das pessoas e podem trazer benefícios adicionais para a saúde física e mental. Um colaborador que atua em tempo integral na OCDE trabalha 1.765 horas por ano e dedica 62% do dia em média (ou em torno de 15 horas) aos cuidados pessoais (alimentação, sono, etc.) e lazer (vida social com amigos e família, hobbies, jogos, uso de computador e televisão, etc.). As poucas horas em trabalhos remunerados para as mulheres não resultam necessariamente em maior tempo de lazer, pois o tempo dedicado ao lazer é quase o mesmo para os homens e mulheres nos 20 países da OCDE estudados.

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